Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2018 |
Autor(a) principal: |
Nuñez, Hugo Esteban Poveda |
Orientador(a): |
Casas, Jordi Julia |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM GEODINÂMICA E GEOFÍSICA
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufrn.br/jspui/handle/123456789/26214
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Resumo: |
O objetivo deste trabalho é investigar como os processos relacionados à subducção no noroeste da América do Sul deformam e alteram a composição da placa superior, assim como a relação entre fluidos crustais e vulcanismo ativo/inativo. Para esse fim, este estudo desenvolveu: (1) Correlações cruzadas de ruído sísmico ambiente para os componentes vertical, radial e transversal entre todos os possíveis pares de estações permanentes implantadas pelo Serviço Geológico da Colômbia entre 2012 e 2016, que foram usadas para reconstruir as funções empíricas de Green para ondas Rayleigh e Love na região; (2) Novas medições de velocidade de ondas supeficiais de grupo para ondas Rayleigh e Love a partir de fontes de terremotos regionais e distantes; (3) Novos Mapas de ondas de superfície de fase e grupo entre 7 e 150 s para as ondas Love e Rayleigh, a partir de tomografia de ruído ambiente e ondas de superfície; (4) Novos mapas de velocidad das ondas VSV e VSH para a crosta e manto superior (até 140 km); e, (5) Um modelo 3D de anisotropia radial do noroeste da América do Sul. Os modelos de velocidade da onda S e de anisotropia radial para a crosta e manto superior para o noroeste da América do Sul foram desenvolvidos a partir de 1.300 funções de Green empíricas a partir de correlações cruzadas de ruído ambiente, e de 11.000 percursos de ondas de superfície de fontes de terremotos. As curvas de dispersão de fase e grupo para as ondas Rayleigh e Love foram medidas no intervalo de 7 a 150 s no conjunto de dados total, e invertidas tomograficamente para produzir mapas de fase e de grupo para ondas Rayleigh e Love numa grade de 0.5◦ x 0.5◦ para tomografia de ruido sismico e de 1.0◦ x 1.0◦ para tomografía de on-das de superficie. Perfis de velocidade para VSV e VSH en função da profundidade foram construídos a partir da inversão conjunta das curvas de dispersão de grupo e fase em cada nó da grade da tomográfica até 140 km de profundidade. Os modelos de velocidade revelam zonas de baixa velocidade a 25-35 km de profundidade sob regiões de vulcanismo ativo e inativo, sugerindo a presença de magmas que levam a assinatura da subducção segmentada na placa superior. As regiões de baixa velocidade crustal exibem anisotropia radial negativa (VSH <VSV ) sob vulcões ativos, sugerindo a presença de diques magmáticos subverticais alimentando o volcanismo, enquanto anisotropia radial positiva (VSH> VSV ) sob regiões vulcânicas inativas é consistente com o armazenamento de magma em soleiras. A 40 km de profundidade, velocidades baixas sob as cordilheiras Central e Oriental exibem anisotropia radial positiva (até 15%), que é interpretado como armazenamento de magmas relacionados à subducção na crosta inferior. Baixas velocidades da onda S com anisotropia radial positiva são observadas na Bacia Inferior do Magdalena em todos os níveis crustais, o que é consistente com velocidades altas e baixas alternadas dentro do pacote sedimentar, tensões extensionais, cisalhamento sub-horizontal e/ou magmas sub-litosféricos que atravessaram uma placa caribenha fraturada. Em níveis crustais superiores a médios, anisotropia radial negativa e altas velocidades coincidem com os principais terrenos tectônicos (Maciço de Santa Marta, Batólito de Antioquia, Maciço de Santander, Batólito de Ibagué), enquanto a anisotropia positiva e as velocidades baixas caracterizam as principais bacias costeiras (por exemplo, Bacia Inferior do Magdalena, Bacia de Tumaco). Em terrenos tectônicos, a anisotropia negativa pode ser explicada através de tectônica de escape, enquanto a anisotropia positiva sob as bacias costeiras pode ser resultante de uma combinação de soleiras, tectônica extensional e/ou cisalhamento sub-horizontal. |