Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2014 |
Autor(a) principal: |
Chitunda, Paulo Alexandre Sicato |
Orientador(a): |
Lopes, Fátima Martins |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal do Rio Grande do Norte
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Programa de Pós-Graduação: |
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM HISTÓRIA
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufrn.br/jspui/handle/123456789/19460
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Resumo: |
Este trabalho representa um estudo comparativo entre três Irmandades negras que existiam em Pernambuco no século XVIII, trata-se da Irmandade de Nossa Senhora do Rosário dos Homens Pretos do Recife, Goiana e Olinda. O objetivo foi perceber as semelhanças e diferenças entre elas, tendo como parâmetro de comparação os seus estatutos de funcionamento, chamados de Compromissos. A partir da análise dos dados dos Compromissos, associados a outros documentos produzidos pelas Irmandades e pelas autoridades administrativas e religiosas da época, procurou-se traçar o perfil social das vilas em tela, bem como a participação da população negra em seu interior. Buscou-se entender as condições históricas daquele período, a partir do fato de que na sociedade escravista, o negro estava posicionado em uma situação de subalternidade. Entretanto, como elemento portador de cultura, apesar desta condição, conseguiu transpor obstáculos sociais, abrindo possibilidades para que pudessem ocorrer manifestações culturais próprias de seu grupo. A convivência nas Irmandades do Rosário, que, além de organismos de assistência mútua no âmbito da religião católica, também se constituíram como campos mediadores entre a cultura erudita e a cultura popular, fez com que aquelas organizações se tornassem espaços de sociabilidade e de representação permitidos pela ordem vigente. As Irmandades do Rosário em Recife, Goiana e Olinda, possuíam lógicas hierárquicas próprias que se engendravam ao processo de construção de novas identidades negras marcadas pela circularidade cultural que se tornou possível em função da diáspora atlântica. |