Uso da terapia larval no tratamento de úlceras crônicas em pacientes diabéticos no Hospital Universitário Onofre Lopes- Natal, RN

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2014
Autor(a) principal: Pinheiro, Marília Augusta Rocha de Queiroz
Orientador(a): Gama, Renata Antonaci
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIAS BIOLÓGICAS
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufrn.br/jspui/handle/123456789/23572
Resumo: A terapia larval é a utilização de larvas estéreis no desbridamento de feridas. Atualmente essa técnica vem sendo bastante utilizada na Europa, Estados Unidos da América e Israel, dentre outros países, entretanto, ainda não foi implementada rotineiramente no Brasil e não há relatos de sua aplicação utilizando larvas da mosca Chrysomya megacephala em pacientes humanos. O presente trabalho objetivou avaliar o desbridamento de úlceras de difícil cicatrização utilizando larvas de C. megacephala. Cinco pacientes com úlceras crônicas foram incluídos no estudo após responderem a um questionário, serem esclarecidos sobre os possíveis riscos e benefícios da terapia larval e assinarem o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido – TCLE. Antes das aplicações, foram colhidas amostras para identificação das bactérias presentes nas úlceras. Após essa etapa, as úlceras foram avaliadas antes e durante o tratamento através de registro fotográfico, mensuração de diâmetros e avaliação dos percentuais de tecido necrótico e de granulação. A avaliação foi seguida da aplicação de aproximadamente cinco larvas estéreis de 2º estádio de C. megacephala por cm2 de lesão. Os curativos com larvas foram trocados após 48 horas e com 48 horas de intervalo entre as aplicações. As úlceras dos pacientes incluídos no trabalho apresentaram caráter polimicrobiano e em todas elas foi isolada a espécie Pseudomonas aeruginosa. Todos os pacientes submetidos à terapia larval apresentaram redução significativa do percentual de necrose e aumento do tecido de granulação na superfície das úlceras e uma consequente melhora no decorrer do tratamento.