Extremos de precipitação e vazão associados às características naturais e antrópicas das regiões hidrográficas do São Francisco e do Paraná

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: Oliveira, Danilo Henrique Morais Castro
Orientador(a): Lima, Kellen Carla
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIAS CLIMÁTICAS
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufrn.br/jspui/handle/123456789/26163
Resumo: A ocorrência de desastres naturais em virtude da ocorrência de extremos de precipitação e vazão vem se tornando uma realidade cada vez mais comum no mundo. Na maioria dos casos, a inexistência de planos de prevenção e minimização de impactos, associados à falta de gestão adequada por parte dos órgãos públicos maximiza os danos e prejuízos dos quais toda a população está sujeita. No Brasil, as regiões hidrográficas determinam o gerenciamento hídrico em todo o território. No entanto, vale destacar que as metodologias e soluções criadas para enfrentar tais estresses não são necessariamente iguais para qualquer região, haja vista que cada uma delas apresenta características distintas seja na economia, no âmbito social, demográfico e na gestão da água ofertada. Nesse contexto, a pesquisa apresenta como objetivo estimar a recorrência de extremos de precipitação intensa associado aos níveis vazão, bem como buscar a relação existente com as características físicas, socioeconômicas e demográficas nas regiões hidrográficas do São Francisco e do Paraná. Para tanto, utilizaram-se três conjuntos de dados, foram eles: meteorológicos, hidrológicos e demográficos, com séries temporais compreendidas entre 1988 e 2017. Os dados de precipitação foram obtidos junto ao Instituto Nacional de Meteorologia e Agência Nacional de Águas. Os dados de vazão foram oriundos da Agência Nacional de Águas. Além disso, as informações a respeito de demografia foram obtidas a partir do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Na metodologia, empregou-se a estatística descritiva dos dados de precipitação e vazão, juntamente com a análise de agrupamento capaz de identificar sub-regiões homogêneas de precipitação e vazão em cada região hidrográfica. A geração dessas sub-regiões homogêneas foi testada mediante a aplicação do Índice de Silhouette. Logo após, as sub-regiões foram inseridas na Teoria de Valores Extremos a fim de gerar a estimação dos períodos de retorno de eventos extremos de precipitação e vazão intensa. Posteriormente, a análise de informações acerca das características físicas, socioeconômicas e demográficas possibilitou a análise do uso e ocupação do solo de áreas suscetíveis à ocorrência de fenômenos desse porte. Em seguida, o teste qui-quadrado verificou a existência ou não de associação entre as sub-regiões diante dos aspectos e características em questão. Os resultados indicaram a formação de quatro sub-regiões homogêneas de precipitação nas duas regiões hidrográficas estudadas. Os cenários para a recorrência de eventos de precipitação intensa e relacionados ao perfil hidrológico de vazão para as sub-regiões mostram o elevado grau de severidade pelo qual determinados agrupamentos podem vir a ser submetidos, além de que o uso e ocupação do solo destas regiões hidrográficas vêm sendo alterado bruscamente nos últimos anos. Ressalta-se, que o crescimento urbanístico da maioria das cidades e a alteração das áreas naturais para a prática de cultivos agrícolas e agropecuária extensiva podem agravar os inúmeros danos em decorrência dos cenários previstos para sub-regiões homogêneas inseridas nas duas regiões hidrográficas.