Avaliação clínica dos fatores de risco sistêmicos relacionado ao ardor bucal secundário

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: Lima, Jabes Gennedyr da Cruz
Orientador(a): Oliveira, Patricia Teixeira de
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal do Rio Grande do Norte
Programa de Pós-Graduação: PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIAS ODONTOLÓGICAS
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufrn.br/handle/123456789/50023
Resumo: O Ardor Bucal Secundário (ABS) pode estar relacionado a diferentes doenças e condições que afetam a mucosa oral, ou representar uma manifestação oral de um quadro sistêmico. O propósito deste estudo foi investigar se existe associação entre o ABS queixa de Ardor Bucal e condições sistêmicas presentes na história médica do paciente. Foi realizado um estudo retrospectivo, constituído por 102 pacientes com ABS apresentando HAS ou DM tipo II, e o grupo controle constituído por 102 pacientes pareados por idade e sexo, com HAS ou DM tipo II e sem ABS. Na comparação entre os grupos, foram empregados os testes Qui-Quadrado de Pearson (χ2 ) e Exato de Fisher, além da obtenção da razão de chances (Odds ratio, OR) e seu respectivo intervalo de confiança (IC) de 95%. Foi aplicado, ainda, o modelo de regressão logística multivariada, para obtenção dos Odds ratio ajustados (ORa). Após análise multivariada, a gastrite foi identificada como fator de risco para ABS (ORa=2,50; IC 95% = 1,32–4,74; p=0,005). O uso de subclasses de anti-hipertensivos, tais como betabloqueadores (ORa = 0,36; IC 95% = 0,16-0,80; p=0,012), inibidores da enzima conversora de angiotensina (ECA) (ORa = 0,19; IC 95% = 0,06-0,56; p=0,003) e bloqueadores dos receptores da angiotensina (BRA) (ORa = 0,26; IC 95% = 0,14-0,49; p<0,001), revelou-se menos associado para o ABS. O presente estudo demonstrou que os pacientes com HAS e DM tipo II não obtiveram associação com o ABS. Todavia, nos pacientes portadores de gastrite foi observado 2,5 vezes mais chances de desenvolver a ABS. Além disso, os medicamentos anti-hipertensivos, inibidores da ECA, BRA e betabloqueadores, foram menos associados ao ABS.