Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2015 |
Autor(a) principal: |
Souza, Celeste Maria de Menezes |
Orientador(a): |
Oliveira, Ana Katherine da Silveira Gonçalves de |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal do Rio Grande do Norte
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Programa de Pós-Graduação: |
SEM PROGRAMA
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufrn.br/jspui/handle/123456789/20206
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Resumo: |
Diagnósticos imprecisos das vulvovaginites geram tratamentos inadequados que causam prejuízos à saúde das mulheres. Sendo assim, a pesquisa tem como objetivo: avaliar sistematicamente a eficácia dos métodos diagnósticos das vulvovaginites infecciosas. Para tanto, adota como método: realização de um estudo de corte transversal com 200 mulheres no menacme com queixa de corrimento vaginal. Foi coletado material vaginal dessas mulheres para realização dos seguintes exames: microbiológico a fresco e corado pelo Gram, citologia oncológica, teste das aminas e mensuração do pH vaginal. Foi avaliada a eficácia dos métodos disponíveis para diagnóstico do corrimento vaginal (sensibilidade, especificidade, valor preditivo positivo e valor preditivo negativo). Os dados foram inseridos em planilha do software Excel/Office 2010 com todas as variáveis e, após, exportados para o Graphpad Prism 6, para análise estatística. Resultados: na avaliação da eficácia dos métodos, foram estudadas 200 pacientes, tendo como padrão ouro o exame microbiológico corado pelo Gram, através do qual foram obtidos os seguintes resultados: exame a fresco para a candidíase vaginal: sensibilidade = 31%, especificidade = 97%, valor preditivo positivo (VPP) = 54%, valor preditivo negativo (VPN) = 93%, acurácia = 91%; exame a fresco para vaginose bacteriana: sensibilidade = 80%, especificidade = 95%, valor preditivo positivo (VPP) = 80%, valor preditivo negativo (VPN) = 95%, acurácia = 92%; abordagem sindrômica para vaginose bacteriana: sensibilidade = 95%, especificidade = 43%, valor preditivo positivo (VPP) = 30%, valor preditivo negativo (VPN) = 97%, Acurácia = 54%; abordagem sindrômica para a candidíase vaginal: sensibilidade = 75%, especificidade = 91%, valor preditivo positivo (VPP) = 26%, valor preditivo negativo (VPN) = 98%, acurácia = 90%; Papanicolau para a candidíase vaginal: sensibilidade = 68%, especificidade = 98%, valor preditivo positivo (VPP) = 86%, valor preditivo negativo (VPN) = 96%, acurácia = 96%; Papanicolau para vaginose bacteriana: sensibilidade = 75%, especificidade = 100%, valor preditivo positivo (VPP) = 100%, valor preditivo negativo (VPN) = 94%, acurácia = 95%. Houve apenas um único caso de tricomoníase vaginal, diagnosticado pela citologia oncológica e exame a fresco, confirmado pelo Gram. A abordagem sindrômica o deu como vaginose bacteriana. A partir desses dados e tendo ainda o suporte da literatura mundial, foi elaborado o Protocolo de diagnóstico e tratamento das Vulvovaginites da Maternidade Escola Januário Cicco /UFRN. Desse estudo, restou como conclusão: o Papanicolau e o exame a fresco demonstraram, respectivamente, baixa e muito baixa sensibilidade para a candidíase vaginal; a abordagem sindrômica apresentou muito baixa especificidade e acurácia para a vaginose bacteriana, o que implica, na prática clínica, um grande número de pacientes não diagnosticadas ou tratadas de forma incorreta. |