Imaginários da morte: poética das imagens em cemitérios brasileiros

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2015
Autor(a) principal: Medeiros, Genison Costa de
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal do Rio Grande do Norte
Programa de Pós-Graduação: PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIAS SOCIAIS
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufrn.br/jspui/handle/123456789/21151
Resumo: A tese apresentada empenha-se numa leitura poética que resulte na criação de sentidos e imagens da morte a partir das diversas práticas culturais e representações simbólicas expostas em cemitérios urbanos de algumas cidades brasileiras, objetivando dar visibilidade a novas compreensões acerca do imaginário da morte no cenário contemporâneo. A morte, portanto, será vista como uma condição imaginante doantropos na medida em que parte-se da prerrogativa de que a consciência humana da morte (MORIN, 1970), ou seja, essa consciência que o homem tem de que vai morrer e que desencadeia reflexões sobre sua existência possibilita o surgimento de uma série de práticas como: o luto, os rituais fúnebres e a criação de diversas representações impregnadas de emoções humanas emergidas do enfrentamento da morte pelo homem e presentes, de uma forma mais evidente, nos espaços cemiteriais. Para isto, foca-se na dimensão conflituosa que o homem estabelece com a morte, isso porque as práticas culturais e representações simbólicas que se observa no campo de pesquisa são resultado desse conflito e possibilitam a ampliação dos sentidos acerca desse tema, na medida em que estes estão revestidos de uma aura fantástica, mística, secreta, fantasmagórica, atemorizante e religiosa, edificando uma imaginação complexa. O plano geral deste estudo consiste em problematizar e criar, a partir de uma fenomenologia da imaginação e da imaginação material/dinâmica, nos moldes tratados por Gaston Bachelard, as imagens da morte, a partir de uma experiência de campo em cemitérios do Brasil. Para isso, assume-se, ao observar as práticas culturais e as representações simbólicas nesses espaços, uma postura capaz de tornar a experiência no campo de pesquisa um momento de trocas simbólicas e de criação. Assim, recorreu-se à observação, a conversas com visitantes e funcionários dos cemitérios e à captação de registros fotográficos. Os dados produzidos, como: o fragmento de uma conversa, um desabafo choroso sobre a perda de um familiar, um epitáfio melancólico, uma flor sobre o túmulo ou um choro capturado pela fotografia foram vistos como detonadores de sentidos e de uma poética da imaginação.