Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2020 |
Autor(a) principal: |
Macêdo, Pedro Rafael de Souza |
Orientador(a): |
Camara, Saionara Maria Aires da |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso embargado |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal do Rio Grande do Norte
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Programa de Pós-Graduação: |
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIAS DA REABILITAÇÃO
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufrn.br/handle/123456789/30803
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Resumo: |
Introdução: Menopausa em idades precoces aumenta o tempo de exposição aos efeitos negativos do hipoestrogenismo no processo de envelhecimento feminino. Já é bem estabelecido que a menopausa precoce é associada à osteoporose, doenças crônicas e mortalidade. Embora se reconheça que há um maior declínio da função física de mulheres após a menopausa, a associação entre a menopausa precoce e as medidas de função física não está bem estabelecida. Objetivo: Avaliar a associação entre a menopausa precoce e diferentes medidas de função física e avaliar a importância do contexto socioeconômico nessa associação. Métodos: Revisão sistemática de estudos observacionais nas bases de dados PubMed, Cochrane Library, SciELO, LILACS e Web of Science. Foram incluídos estudos que avaliaram a associação entre menopausa precoce e medidas de função física, sem restrição quanto ao período de publicação ou idioma. Para avaliação da qualidade metodológica dos estudos foi utilizado o “Quality Assessment Tool for Observational Cohort and Cross-Sectional Studies”. Resultados: Quatro estudos foram incluídos, todos transversais, totalizando 13.846 participantes, e que investigaram cinco medidas de função física (força de preensão manual, velocidade da marcha, equilíbrio estático, teste de levantar da cadeira e limitação funcional autorrelatada). Os 4 estudos avaliaram populações de países desenvolvidos e apenas um incluiu também amostras de países em desenvolvimento. Todos os estudos relataram associação entre alguma medida de função física e a menopausa prematura (<40 anos) ou precoce (<45 anos), seja natural ou cirúrgica. As medidas que foram associadas à idade da menopausa foram a força de preensão (encontrada em 2 dos 3 estudos que avaliaram essa medida), sendo entre 2,58 Kg (IC95%=0,74; 4,43) e 5,21 Kg (2,18; 8,25) mais fraca entre as mulheres com menopausa <40 anos; velocidade da marcha (encontrada em 2 dos 3 estudos que avaliaram) com resultados entre 0,03 m/s (0,01; 0,06) e 0,06 m/s (0,02; 0,09) mais lentos entre aquelas com menopausa <40 e <45 anos; e limitação funcional autorrelatada (avaliada em apenas um estudo), com as mulheres com menopausa após os 50 anos apresentando menores chances se comparadas com as que tiveram menopausa <40 ou <45 anos (OR entre 0,52 [IC95%= 0,29; 0,95] e 0,61 [0,40; 0,95]). Duas medidas de função física, o teste de levantar da cadeira e o equilíbrio estático, não foram significativamente associadas à idade da menopausa. Devido à grande heterogeneidade entre os estudos em relação à forma de classificação dos grupos de idade da menopausa, não foi possível realizar a metanálise. Conclusão: Há alguma evidência da associação entre a menopausa em idades mais jovens e uma pior função física. Mulheres que apresentam menopausa em idades mais jovens devem ser triadas de maneira mais precoce e frequente quanto a alterações funcionais e incentivadas a participar de programas de reabilitação física. Mais estudos são necessários para explorar a associação entre a idade da menopausa e diferentes medidas de função física usando medidas padronizados de identificação da menopausa precoce e metodologias longitudinais. Além disso, mais estudos são necessários para avaliar a influência de diferentes contextos socioeconômicos na funcionalidade |