A Metafísica schopenhaueriana da Natureza e a interpretação do mundo como Vontade

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: Oliveira, Reneé Stiv Costa de
Orientador(a): Nascimento, Dax Fonseca Moraes Paes
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal do Rio Grande do Norte
Programa de Pós-Graduação: PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM FILOSOFIA
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufrn.br/handle/123456789/33326
Resumo: A presente pesquisa aborda o problema da Filosofia da Natureza e a interpretação do mundo como Vontade no contexto da Metafísica de Arthur Schopenhauer (1788-1860). Nesse contexto, expõe os pontos de convergência, diálogos e diferenças entre Ciência e Metafísica, uma vez que aquela encontra limitações epistêmicas em atingir o em-si do mundo, explicitando o papel que cabe à Metafísica em elucidar as “forças originárias” que permeiam os mundo como representação, haja vista que não é possível fazê-lo sob o princípio de razão suficiente, sem olvidar da importância que Schopenhauer confere às ciências como confirmação (Bestätigung) “a posteriori” de sua doutrina, pois os dados extraídos da experiência confirmam suas ideias centrais sobre a Natureza. Ademais, discute o problema da analogia e sua utilização por Arthur Schopenhauer como recurso de interpretação metafísica entre corpo (microcosmo) e mundo (macrocosmo), em que o filósofo vislumbra uma mesma essência, isto é, vontade (Wille). Com efeito, discute sobre a objetivação da vontade e a natureza do intelecto no organismo animal e sua relação indissociável com o problema da matéria, em ambas acepções (Materie e Stoff) e sua permanência no mundo, seja como substância abstrata, seja como material concreto das percepções. Sendo assim, apresenta a Teoria das Ideias na Metafísica da Natureza de Schopenhauer. Como consequência da objetivação da vontade e sua livre determinação do mundo, questiona-se sobre a Teleologia da Natureza e o “paradoxo das causas finais”. Por fim, aborda o problema da autoconsumação da Vontade no contexto da luta por matéria e conservação dos indivíduos, perpassando, inclusive, a questão do pessimismo e o sofrimento que é essencial a toda vida.