Avaliação dos possíveis impactos da atividade salineira através do monitoramento da qualidade da água e sedimento do estuário Tomás-Galinhos em Galinhos/RN

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2016
Autor(a) principal: Pinheiro, Beliza Maria de Souza
Orientador(a): Silva, Djalma Ribeiro da
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM QUÍMICA
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
IQA
IT
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufrn.br/jspui/handle/123456789/23386
Resumo: O Rio Grande do Norte é o maior produtor de sal, cloreto de sódio, do país e detentor de 97% de todo o sal produzido. Nesse contexto, a Salina Diamante Branco - SDB, em Galinhos, descarta toda a salmoura de processo na área estudada, o rio Tomás-Galinhos. Desse modo, é essencial avaliar os possíveis impactos dessa atividade salineira no corpo d’água adjacente. Dessa forma, realizou-se um monitoramento físico-químico da qualidade de água e sedimento para obtenção de um diagnóstico ambiental, incluindo os indicadores de poluição, o Índice de Qualidade de água – IQA e o Índice de Toxicidez. A maioria das amostras foram coletadas de julho de 2014 a abril de 2016, trimestralmente, em um total de 32 coletas em maré alta e baixa. Além dessas coletas, houveram mais duas de metais pesados em água e sedimento. Todos os resultados foram relacionados com os padrões exigidos pelas resoluções 357, de 17 de março de 2005 e 344, de 25 de março de 2004, ambas, do Conselho Nacional do Meio Ambiente – CONAMA. Para os parâmetros não relacionados nas normas citadas, estes, foram avaliados perante sua variabilidade no corpo d’água. A grande maioria dos resultados obtidos apresentaram-se sem grandes variações mantendo as características naturais do estuário, fato que levou o IQA de todos os pontos como de qualidade BOA. Em contrapartida, alguns teores de oxigênio dissolvido, fósforo total em água e sedimento, e clorofila obtidos, indicaram uma tendência à contaminação por matéria orgânica. No entanto, esses contaminantes são oriundos de outras atividades nas comunidades circunvizinhas. Janeiro e abril, de maiores temperaturas, em geral, apresentaram menores valores de oxigênio dissolvido. Em relação aos metais na água, praticamente todos estavam abaixo do limite de detecção do ICP-OES utilizado, ou, abaixo dos limites exigidos pelo CONAMA, indicando que estes metais tendem a ser carreados pela dinâmica das marés ou precipitados no sedimento, caracterizando-se como IT igual a 1, isto é, contaminação ausente. Em relação aos metais no sedimento obteve-se também ausência de toxicidade. Os descartes de salmoura, a priori, influenciam no comportamento da salinidade, no entanto, não alteram as características naturais do rio, mantendo um intervalo fixo de salinidade no decorrer dos anos. Em maré baixa e nos períodos de escassez de chuvas, foi possível verificar uma tendência a uma maior concentração dos sais e de nutrientes. A localização característica de cada ponto de coleta também influenciou nos resultados. Os valores obtidos de cálcio, magnésio e o pH básico são característicos do corpo d’água estudado e não sofreram grandes variações.