Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2017 |
Autor(a) principal: |
Albano, Gabriela Fernandes |
Orientador(a): |
Tavares, Maria Alice |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ESTUDOS DA LINGUAGEM
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufrn.br/jspui/handle/123456789/23081
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Resumo: |
O português brasileiro é classificado como uma língua SVO (sujeito-verbo-objeto), também conhecida como ordem direta (cf. PÁDUA, 1960; MATTOS E SILVA, 1988). Porém, não são raros os casos em que encontramos o sujeito em uma posição pós-verbal. O sujeito posposto tem sido alvo de várias pesquisas (cf. VOTRE; NARO, 1986; BERLINCK, 1988; SPANO, 2002, 2008; GOMES, 2006; MARQUES, 2012; LAMIM, 2013). Nesta dissertação, temos como objeto de estudo a posposição do sujeito na escrita jornalística. Nosso corpus é composto por textos de diversos gêneros extraídos do jornal Tribuna do Norte, produzido no Rio Grande do Norte. O principal objetivo é circunscrever os contextos de ocorrência do sujeito pós-verbal na escrita jornalística e descrever e analisar os fatores envolvidos nesse fenômeno. Quanto à fundamentação teórica, trata-se de uma pesquisa de cunho funcionalista. Considerando que a organização do nosso discurso não se dá de forma aleatória, sendo as possibilidades de ordenação dos constituintes motivadas pelos diversos contextos de uso, temos nas bases da pesquisa a concepção simbiótica entre discurso e gramática (GIVÓN, 1995; HOPPER, 1998; BYBEE, 2006). Adotando essa perspectiva, desenvolvemos uma pesquisa com abordagem quali-quantitativa. A quantificação dos dados é feita não apenas para a testagem das hipóteses, mas também para permitir generalizações acerca do fenômeno estudado e a comparação dos resultados desta pesquisa com os de estudos anteriores sobre o sujeito posposto. Por sua vez, a análise qualitativa dos dados permite a exploração de características específicas a certas ocorrências do sujeito posposto em nosso corpus. Quanto à análise, levamos em consideração os seguintes fatores: status informacional, extensão do SN sujeito, tipo de construção verbal, animacidade do SN sujeito, definitude do SN sujeito e gênero textual. Os resultados obtidos para a maioria dos fatores ratificam características apontadas por pesquisas anteriores para o sujeito posposto. Contudo, um dos grupos de fatores, definitude do SN sujeito, mostrou um comportamento inesperado. Diferente do que postulam os estudos precedentes, em nosso corpus os sujeitos são predominantemente [+ definidos]. Associamos a predominância de sujeitos pospostos [+ definidos] ao caráter apresentativo (de informações, argumentos e/ou acontecimentos) dos gêneros jornalísticos que favorece referentes bem delimitados e definidos. Em suma, nossa pesquisa comprova a relevância de fatores morfossintáticos e semântico-discursivos na colocação do sujeito após o verbo. |