Quando ir para maternidade: tecnologia educacional para primigestas sobre sinais de trabalho de parto e de risco obstétrico

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: Cassiano, Alexandra do Nascimento
Orientador(a): Menezes, Rejane Maria Paiva de
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal do Rio Grande do Norte
Programa de Pós-Graduação: PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ENFERMAGEM
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufrn.br/handle/123456789/47231
Resumo: O período gestacional é uma fase de transformações complexas e singulares acompanhada por modificações físicas, hormonais, psicológicas e sociais, podendo ocorrer também uma variação de sentimentos ambivalentes que vão desde as dúvidas, apreensão, amor, alegria, reafirmação da gravidez, ansiedade e preocupação, especialmente, quando se trata da gestação de uma primigesta. É fato que a primigesta apresenta dúvidas sobre a hora certa de ir à maternidade, gerando muitas vezes angústia, medo e insegurança, sensações sempre observadas pelos profissionais no dia a dia dos serviços de saúde e que são ressaltadas pela literatura. Diante desta realidade, acredita-se que a utilização de um vídeo animado sobre os sinais de trabalho de parto e risco obstétricos na consulta pré-natal pode ser uma ferramenta tecnológica útil na ampliação dos conhecimentos sobre a gestação e o parto da mulher prestes a ser mãe. O objetivo é desenvolver uma tecnologia educacional para primigestas sobre os sinais de trabalho de parto e de risco obstétrico. Estudo do tipo metodológico, realizado por meio de quatro etapas, a saber: 1) Construção do roteiro do vídeo animado sobre sinais de trabalho de parto e de risco obstétrico; 2) Validação do conteúdo do roteiro do vídeo animado por juízes-especialistas; 3) Construção do vídeo animado sobre sinais de trabalho de parto e de risco obstétrico; e 4) Aplicação do vídeo animado sobre sinais de trabalho de parto e de risco obstétrico. O estudo foi submetido ao Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade Federal do Rio Grande do Norte conforme recomendações da Resolução 466/2012, do Conselho Nacional de Saúde e suas complementares, tendo Parecer aprovado sob nº 4.396.786 e CAAE 39211420.4.0000.5537. A elaboração do roteiro do vídeo teve como base os critérios para diagnóstico de trabalho de parto e de risco obstétrico do Ministério da Saúde. Ele foi escrito pela pesquisadora e a revisão do conteúdo foi realizada por docentes e expertises. A validação da tecnologia foi realizada por 21 juízes-especialistas, quinze deles especialistas em enfermagem obstétrica e onze em estratégia saúde da família. A maioria eram do sexo feminino (71,4%) e com média de 35 anos de idade; destes, 42,9% eram mestres e tinham aproximadamente 8 anos de experiência na área de atuação; O Índice de Validação de Conteúdo total do roteiro do vídeo animado foi 0,97. Todas as variáveis analisadas tiveram um índice maior que 0,81, com menor valor de 0,85 no julgamento quanto à adequação do material ao nível sociocultural das gestantes. O coeficiente de Kappa obtido foi 0,55 que correspondeu a uma concordância moderada. A construção do vídeo foi concretizada pelas etapas de roteiro, storyboard, pré-produção, animação e finalização, tendo como produto final, uma mídia em Full HD com duração de 5 minutos e 20 segundos. Na etapa do estudo quase-experimental, entrevistou-se 90 primigestas, cujo perfil correspondeu às mulheres com média de 23 anos de idade; pardas (64,45%); em união estável (74,44%) e média de 10 anos de escolaridade. A maioria (62,22%) eram donas de casa e 54,45% possuíam renda familiar de 1 salário-mínimo; metade das gestantes (50%) estavam no terceiro trimestre gestacional e 85,56 % realizavam o pré-natal de risco habitual. Apenas 12,22% delas relataram ter acesso a informações sobre os sinais de trabalho de parto e de risco obstétrico. A análise dos dados com uso do teste McNemar evidenciou diferença estatística (p<0,005) entre o antes e o depois do vídeo animado nas questões 1, 2, 3, 4, 5 e 6. Com relação ao desempenho total, verificouse por meio do teste t Student que houve diferença significativa (p<0,001) entre o antes e depois da visualização do vídeo animado no número de acertos das questões. Por último, na avaliação das gestantes quanto à importância do vídeo, a nota média atribuída foi de 9,92. Ao final deste estudo, concluiu-se que os seus resultados ratificaram a tese de que a utilização de uma tecnologia educacional, do tipo vídeo animado, sobre o conhecimento dos sinais de trabalho de parto e de risco obstétrico, apresentou influência positiva para a maioria das participantes, indicando a importância de sua aplicabilidade durante o acompanhamento da mulher nas consultas de pré-natal.