Psicologia e formação generalista: do currículo mínimo às diretrizes curriculares

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2016
Autor(a) principal: Fernandes, Sarah Ruth Ferreira
Orientador(a): Yamamoto, Oswaldo Hajime
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM PSICOLOGIA
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufrn.br/jspui/handle/123456789/22362
Resumo: Desde a regulamentação como profissão no Brasil, a formação em Psicologia se constrói em torno da ideia de um curso generalista. A mudança de Currículo Mínimo para Diretrizes Curriculares Nacionais (DCN) abrangeu vários debates, a formação generalista permaneceu como um consenso, mas com novos sentidos. O objetivo deste trabalho foi investigar as concepções e estratégias atuais de formação generalista nos cursos de Psicologia da cidade de Natal-RN. Foram analisados os Projetos Pedagógicos de Curso (PPC), matrizes curriculares e entrevistas com os coordenadores dos cursos e docentes que participaram da criação do currículo. A pesquisa contou com quatro cursos participantes, sendo que três forneceram seus PPCs e os quatro participaram por meio de entrevistas. Os dados foram agrupados em categorias criadas a posteriori. Foi constatado um discurso uniforme em torno da defesa de uma formação generalista. Os currículos são conteudistas, mostram uma predominância da área clínica e pouca ênfase no estudo de fundamentos filosóficos e históricos, relacionam formação generalista a um currículo diversificado nas teorias e campos de atuação profissional, buscando uma integração de disciplinas por meio de atividades e experiências práticas. Relacionam pesquisa e integração curricular, mas os incentivos na maioria dos cursos são parcos. O discurso de competências está presente, ainda que se tenha pouca clareza sobre sua concretização. Os cursos comparam ênfases curriculares à áreas da Psicologia, o que torna o termo controverso, revelando uma compreensão dicotômica entre formação generalista e especialista. Assim, a predominância de um conteudismo voltado para a prática profissional tem separado teoria e prática e obscurecido uma concepção crítica de formação como formação humana, filosófica, histórica e científica.