Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2015 |
Autor(a) principal: |
Alves, Diana Luzia Zuza |
Orientador(a): |
Chaves, Guilherme Maranhão |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal do Rio Grande do Norte
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Programa de Pós-Graduação: |
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIAS FARMACEUTICAS
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufrn.br/jspui/handle/123456789/20304
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Resumo: |
Vários estudos têm sido desenvolvidos com relação aos riscos à saúde humana associados ao uso recreativo de praias contaminadas com esgotos domésticos. Esses resíduos contêm vários micro-organismos, incluindo Candida tropicalis, agente etiológico tanto de infecções superficiais quanto sistêmicas, além de indicador de contaminação fecal do meio ambiente. Nesse contexto, o presente trabalho teve como objetivo caracterizar isolados de C. tropicalis oriundos da areia da Praia de Ponta Negra, Natal, Rio Grande do Norte, Brasil, quanto a expressão de fatores de virulência in vitro, a adaptação ao estresse osmótico e a susceptibilidade às fármacos antifúngicos. Foram analisados 62 isolados ambientais de C. tropicalis, observando-se grande variação entre os mesmos para os diversos fatores de virulência avaliados. Em geral, os isolados ambientais foram mais aderentes a células epiteliais bucais humanas (CEBH) do que a cepa de referência de C. tropicalis ATCC13803, além de serem altamente produtoras de biofilme. Em relação à morfogênese, a maioria dos isolados exibiu fenótipo rugoso em meio Spider (34 isolados, 54,8%). Na avaliação da atividade enzimática, a maioria dos isolados teve maior produção de proteinase do que a cepa de referência de C. tropicalis ATCC13803. Adicionalmente, 35 isolados (56,4%) tiveram alta atividade hemólitica (índice de hemólise > 55). Com relação à resistência de C. tropicalis ao estresse osmótico, 85,4% dos isolados foram resistentes em meio contendo 15% de cloreto de sódio, o que corrobora com a alta capacidade de sobrevivência descrita para essa levedura no ambiente marítimo. Finalmente, no que diz respeito à sensibilidade aos antifúngicos foi observada elevada resistência aos azólicos testados (fluconazol, voriconazol e itraconazol), com ocorrência do fenômeno “Low-high” e de efeito semelhante ao crescimento paradoxal que ocorre para as equinocandinas. As cepas resistentes aos três azólicos testados foram 15 (24,2%). Para a anfotericina B também ocorreu resistência (14 isolados, 22,6%), ao passo que para as equinocandinas todas as cepas foram sensíveis. Portanto, nossos resultados demonstram que isolados de C. tropicalis oriundos da areia de praia do nordeste brasileiro podem expressar plenamente atributos de virulência e apresentam alta capacidade de persistência no ambiente costeiro, além de serem significativamente resistentes aos antifúngicos mais empregados na prática clínica atual. Isso constitui potencial risco à saúde dos frequentadores desse ambiente, especialmente indivíduos imunocomprometidos e em extremos etários. |