Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2019 |
Autor(a) principal: |
Moreira, Daniela de Andrade |
Orientador(a): |
Gomes, Moab Praxedes |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM GEODINÂMICA E GEOFÍSICA
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufrn.br/jspui/handle/123456789/27136
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Resumo: |
O mapeamento de feições subsuperficiais pode contribuir para o entendimento dos limites cronoestratigráficos associados a diferentes fases deposicionais além do registro das condições hidrodinâmicas atuantes no sistema. Assim, a disponibilidade de sedimentos, as mudanças relativas do nível do mar e a circulação local são fatores controladores do ambiente deposicional e podem ser analisados a partir da sismoestratigrafia. Nesse sentido, dados sísmicos de alta resolução coletados em um sistema costeiro plataformal, especificamente a plataforma de Natal (Rio Grande do Norte - Brasil), permitiram investigar a interação entre estes fatores durante a última transgressão pós glacial até os dias atuais. O objetivo deste estudo consiste em obter seções sísmicas com definição visual satisfatória a partir de rotinas de processamento aplicadas a dados sísmicos de alta resolução para que seja possível mapear os limites cronoestratigráficos e os depósitos sedimentares na plataforma durante o Quaternário, a fim de compreender a evolução da plataforma. Sendo assim, foram utilizadas 31 linhas (transversais e longitudinais) distribuídas em 62 km ao longo da plataforma interna, coletadas com um sistema boomer que opera com energia de 300 J e frequência 1-2 kHz. Os dados adquiridos foram processados e estabeleceu-se um fluxo de processamento que melhorou a razão sinal-ruído das seções sísmicas e a visualização dos refletores. Através da análise dos perfis foram identificados três horizontes principais e suas respectivas Unidades Sísmicas. Uma discordância regional, mais antiga, registra uma superfície de reativação Pleistocênica/Holocênica de aproximadamente 35 metros de profundidade com regiões mais profundas próximas a costa - ambiente semi-confinado. A superfície seguinte registra grande influência da hidrodinâmica nas regiões mais rasas e inicia o estágio final de fechamento das regiões semi-confinadas. A superfície subsequente, mais nova, a aproximadamente 18 m abaixo do nível do mar atual é relacionada a uma superfície de máxima inundação que ocorre em nível de mar alto. As Unidades entre as superfícies mostraram: a) alta taxa de deposição com alto aporte sedimentar preenchendo as porções semi-confinadas com energias média-alta no início da transgressão; b) baixo aporte sedimentar e baixa energia em ambiente marinho raso com escavações de pequeno porte no meio da transgressão; c) e ambiente de menor energia com baixa taxa de agradação e baixo aporte sedimentar após nível de mar alto. A morfologia e profundidades das descontinuidades permitiram identificar os eventos ocorridos. Ocorrem perdas de sedimentos da plataforma para o continente em evento regressivo e posteriormente, com a plataforma sendo inundada na transgressão, os sedimentos depositam-se tanto na plataforma quanto são carreados pela deriva. Além disso, a zona costeira passa a ter maior influência na sedimentação ocorrida na plataforma durante a transgressão até os dias atuais. Desta forma, este trabalho contribui para o entendimento da evolução estratigráfica holocênica de um ambiente marinho raso. |