Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2017 |
Autor(a) principal: |
Silva, Sylvana Kelly Marques da |
Orientador(a): |
Alves, Maria Lucia Bastos |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIAS SOCIAIS
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufrn.br/jspui/handle/123456789/25452
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Resumo: |
Esta tese analisa os discursos fotográficos impressos nas paisagens turísticas registradas no interior do estado do Rio Grande do Norte pelo repórter fotográfico Canindé Soares. A escolha do objeto justifica-se pelos recortes fotográficos estarem inseridos em um cenário político de incentivo ao turismo religioso no estado, como um espaço de confluências sociais mediatizadas pela instituição do turismo no Nordeste brasileiro. Nosso objetivo foi compreender os discursos enquadrados em fotografias que se configuram em aspectos culturais priorizados como parte dessas paisagens. Apreendemos a fotografia como imagem crítica para englobar os significados que legitimam e divulgam esses espaços religiosos em seu processo de caracterização enquanto atrações turísticas. Para viabilizar a pesquisa foram selecionadas as fotografias arquivadas no banco de dados de órgãos oficiais, em livros e fotojornalismo do autor. Também foram realizadas entrevistas semiestruturadas com o referido fotógrafo, secretários políticos e demais agentes envolvidos no cenário turístico. A metodologia se dá através da arqueologia da impressão expressa na confluência da tríade: fotografia, paisagem e turismo definida nesta tese por enquadramento espetacularizado, categoria de análise balizada pelas reflexões de George Didi-Huberman e Guy Debord. O enquadramento espetacularizado trata-se de um discurso permeado pela cumplicidade entre os elementos que elaboram a paisagem e favorecem a perpetuação de visualidades que desenham o espaço transformando-o em espetáculo. Desse eixo, desmembram-se questões que operam com a produção imagética capaz de nortear o entendimento dos discursos que padronizam paisagens, naturalizando as relações socioespaciais. Consideramos que as paisagens elaboradas estão atreladas a ícones passados referenciadores da região que condicionam as visualidades no presente. Em tese verificamos que as paisagens potiguar, enquadradas no discurso fotográfico, dinamizadas a partir das políticas de turismo estão culturamente engendradas por um sintoma de visualidades pretéritas que espetacularizadas favorecem a manutenção de discursos hegemônicos em detrimento dos interesses plurais e democráticos. O que ocorre dá visibilidade a estereótipos pré-estabelecidos e afasta-se da possibilidade de um desenvolvimento baseado na economia interpretativa, capaz de favorecer a valorização do capital cultural local e a inclusão dos indivíduos locais. |