Dinâmica da indústria brasileira no período 2002-2017: uma estimação da Lei de Kaldor - Verdoorn

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: Silva, Magda Emanuele Lima da
Orientador(a): Guedes, João Paulo Martins
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ECONOMIA
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufrn.br/jspui/handle/123456789/25695
Resumo: Este trabalho procura analisar a dinâmica da indústria Brasileira considerando a Lei de Kaldor-Verdoorn que propõe existir uma relação positiva entre a produção e produtividade. A literatura econômica comprova, através de dados empíricos que há estreita relação do nível do produto per capita dos países com o grau de industrialização, e que há também, nas várias nações, associação estreita entre o crescimento do PIB e da Indústria manufatureira. Segundo Thirlwall (2005) os países que crescem com maior rapidez tendem a serem, aqueles em que a participação da indústria no PIB aumenta com mais velocidade. No entanto, confere aqui ressaltar que principalmente para os países subdesenvolvidos, a participação da indústria para o crescimento da economia é de suma importância necessariamente na promoção de emprego e renda. Nesse contexto, o dinamismo da indústria merece destaque, assim como, os estímulos ao aumento da produtividade e da produção, bem como, a relação existente entre ambas. Os trabalhos de Kaldor (1975) e Verdoorn (1949) trouxeram para a teoria econômica o embasamento teórico e empírico da relação positiva entre a produtividade e a produção. Na medida em que a produção aumenta, há uma forte tendência de que a produtividade acompanhe este movimento ao longo do tempo, sendo válida em períodos de expansão econômica. Portanto este trabalho buscou analisar o grau de dinamismo da indústria brasileira no período de 2002 a 2017, testando os pressupostos da lei de Kaldor - Verdoorn, desse modo, foram aplicados testes de cointegração proposto por Johansen (1990) e o teste de causalidade de Granger (1969) para se conhecer a relação de equilíbrio de longo prazo das variáveis analisadas que são estimadas em um o modelo vetor autoregressivo – VAR, em um contexto de um vetor de correção de erros – VECM. Buscou-se também, conhecer o período exato das mudanças estruturais do modelo, através do teste de Bai-Perron (2003), onde se pôde concluir que as variáveis têm datas de quebras similares, sendo a do ano de 2008 a mais relevante e foco de análise deste trabalho. Os resultados comprovam que existe uma relação de equilíbrio positiva entre a produção da indústria e a produtividade do setor industrial, o que corrobora a evidência da lei de Kaldor-Verdoorn para a indústria brasileira no período em questão, no entanto, constata-se que em períodos de quedas na produção, o crescimento da produtividade advém mais de outros fatores não captados no modelo, o que evidencia que a lei, só é válida em períodos de expansão da economia. Por fim, encontra-se que a indústria brasileira tem um grau de dinamismo razoável.