Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2020 |
Autor(a) principal: |
Meira, Yasmim Cristina Leiros |
Orientador(a): |
Silva, Jonathan Mota Da |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal do Rio Grande do Norte
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação Em Ciências Climáticas
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufrn.br/handle/123456789/30611
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Resumo: |
A mudança climática é um tema cada vez mais presente com interferência em diversos setores da sociedade, em especial o setor hídrico. À medida que os recursos hídricos ganham mais ênfase devido à crescente demanda pelo uso da água, torna-se crucial compreender o efeito da mudança climática nos componentes do ciclo hidrológico em escala de bacia hidrográfica para a gestão dos recursos hídricos. Dessa forma, o objetivo deste estudo foi analisar os impactos das mudanças climáticas na resposta hidrológica da bacia do Rio Piancó, uma bacia do semiárido brasileiro. A avaliação destes impactos se deu a partir de simulações com o modelo hidrológico distribuído Soil Water Assessment Tool (SWAT) para o clima presente e para dois diferentes cenários de emissão de gases de efeito estufa (GEE), RCP 4.5 e RCP 8.5, no futuro próximo (2022-2043). Para simulação hidrológica do clima presente foi utilizado um conjunto de dados meteorológicos diários de estações superfície, regularmente dispostos no espaço com resolução ~ 25 km. Para o clima futuro foi utilizado os dados meteorológicos de projeções dos MCG do Coupled Model Intercomparison Project Phase 5 (CMIP5), especificamente, as projeções do modelo MIROC5, com a precipitação e a temperatura regionalizadas para um espaçamento horizontal de ~ 25 km. As projeções hidroclimáticas média na bacia no futuro próximo resultam em um leve aumento na precipitação (3%) e deflúvio (1,4%) para o cenário RCP 4.5 e para o RCP 8.5, reduções consideráveis na precipitação (6,5%) e deflúvio (14%). A contribuição do escoamento superficial para o deflúvio aumentou em ambos os cenários, podendo chegar a 78% (RCP 4.5) e 80% (RCP 8.5), enquanto que as projeções para contribuição dos escoamentos subsuperficial e de base para o deflúvio foram de queda, podendo chegar 14% (RCP 4.5) e 13% (RCP 8.5) e a 13% (RCP 4.5) e 7% (RCP 8.5), respectivamente. Parte destes efeitos estão associados a projeção de mudança no ciclo anual de precipitação da bacia (RCP 4.5 e RCP 8.5), que alterará o início, o termino e a magnitude sazonal dos fluxos hidrológicos. Os efeitos nos fluxos hidrológicos durante a estação úmida (jan-mai) para ambos os cenários, apresentaram mesma disposição de redução, sendo mais intensos no RCP 8.5. Já durante a estação seca (jun-dez), de modo geral, a propensão dos cenários RCP 4.5 e RCP 8.5 foram aumentar e reduzir, respectivamente. Na avaliação da projeção de disponibilidade hídrica sazonal, na estação úmida, a vazão média deverá reduzir em 15% (RCP 4.5) e 31% (RCP 8.5), e na estação seca deverá reduzir, adiantando a intermitência do rio Piancó para ambos os cenários. Para as vazões extremas, as projeções foram de redução na estação úmida, 4% (RCP 4.5) e 2,5% (RCP 8.5) e aumento intenso na seca, com mudanças de 243% (RCP 4.5) e 143% (RCP 8.5). A considerável redução na disponibilidade hídrica e aumento nas vazões extremas são resultados alarmantes. Embora a resposta hidrológica a mudança climática não tenha a mesma propensão para os cenários de GEE no balanço hídrico, esta apresentou tendências semelhantes na escala sazonal |