Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2014 |
Autor(a) principal: |
Maroto, Renata Melo |
Orientador(a): |
Uchôa, Severina Alice da Costa |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal do Rio Grande do Norte
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Programa de Pós-Graduação: |
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM SAÚDE COLETIVA
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufrn.br/jspui/handle/123456789/19324
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Resumo: |
Com a priorização da Atenção Primária à Saúde (APS) no Brasil pelo Ministério da Saúde (MS), a saúde reprodutiva da mulher é considerada uma área estratégica. No ano 2000 foi instituído o Programa de Humanização no Pré-natal e Nascimento (PHPN), cujo foco é a realização de práticas assistenciais mínimas a serem concretizadas durante o pré-natal de baixo risco, extensivo a todas as unidades de APS. Este trabalho objetiva avaliar, na perspectiva das usuárias, a qualidade dos processos da assistência pré-natal prestadas pelas Equipes de Atenção Básica do Rio Grande do Norte (RN) no contexto do Programa de Melhoria do Acesso e da Qualidade (PMAQ) do MS. Trata-se de uma pesquisa avaliativa, observacional, transversal, com abordagem quantitativa. Nesse sentido, o trabalho de campo, que foi realizado no período de maio a agosto de 2012, contou com uma amostra de 156 usuárias selecionadas a partir dos seguintes critérios: adscrição à equipe avaliada; não ter acionado atendimento no dia; não ser o primeiro atendimento, nem o último ter ocorrido há mais de 12 meses; ser mãe de criança de até 2 anos de idade e; ter acessado e realizado o pré-natal na mesma unidade de saúde da equipe. Foi aplicado por 20 avaliadores com a mesma capacitação técnica, um questionário online sobre pré-natal com as categorias: consultas mínimas; atendimento profissional; agendamento de consultas; exames; vacinação antitetânica; participação em ações educativas individuais e em grupo; orientações; procedimentos clínico-obstétricos e; prescrição de sulfato ferroso e ácido fólico. A análise foi descritiva com distribuição de frequência simples e utilizou o programa SPSS versão 17.0. Para interpretação dos dados, utilizou-se como parâmetro os procedimentos mínimos do pré-natal recomendados pela PHPN e pelo Manual técnico do MS. Observou-se que 92% das usuárias realizaram seis ou mais consultas, de acordo com os padrões recomendados e valores encontrados na literatura; 84% tiveram continuidade do atendimento com o mesmo profissional e; 94% obtiveram as consultas subsequentes agendadas. Os exames obrigatórios previstos alcançaram os percentuais acima de outros estudos nacionais: Urina/EAS (98%); HIV (96%); VDRL (88%) e; Glicemia (91%). A vacinação antitetânica foi feita em 93% dos casos; 56% das mulheres sabiam da existência de grupos educativos, apenas 36% participavam das atividades e 59% foram orientadas sobre o lugar onde faria o parto. A realização de exames clínico-obstétricos das mamas (65%), preventivo (33%) e ginecológico (43%) teve baixo percentual, diferentemente do exposto em outros estudos nacionais. Observou-se, ainda, que 98% receberam suplementação de Sulfato Ferroso e 96% Ácido Fólico. A avaliação averiguou que os processos relativos à assistência estão sendo realizados como recomendado pelos critérios mínimos das práticas assistenciais e alcançaram um alto percentual no RN. No entanto, ainda há fragilidades acerca das práticas de saúde promocionais e educativas, bem como, da realização de alguns procedimentos clínicos que precisam ser valorizados. Recomenda-se para a gestão e para os profissionais, o incentivo a essas práticas devido ao potencial de melhoria da qualidade de vida e saúde do binômio mãe-filho. |