Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2014 |
Autor(a) principal: |
Almeida, Ygor Bastos Mesquita Minora de |
Orientador(a): |
Casas, Jordi Julià |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal do Rio Grande do Norte
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Programa de Pós-Graduação: |
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM GEODINÂMICA E GEOFÍSICA
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufrn.br/jspui/handle/123456789/19949
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Resumo: |
Através de funções de receptor migradas e empilhadas (phase-weightedstack), investigou-se a arquitetura crustal da Província Borborema. Para isso, foram utilizados telessismos de ondas registrados em 64 estações sismográficas distribuídas no Nordeste brasileiro, depois de aplicar um conjunto de modificações no algoritmo de empilhamento para corrigir inconsistências detectadas no algoritmo original e melhorar sua eficiência computacional. A Província Borborema representa a porção mais oeste de um orógeno Neoproterozoico, que experimentou extensão no Mesozoico, o que levou à formação de um grande número de bacias intracontinentais do tipo rifte, e, posteriormente, à deriva continental. O Cenozoico foi marcado por processos de soerguimento topográfico, que poderia estar relacionado com vulcanismo, o que possibilitou a formação do Planalto da Borborema. Devido à limitada compreensão a respeito da arquitetura crustal da Província, as relações de causa e efeito entre a topografia superficial, a extensão Mesozoica e o soerguimento Cenozoico não são claras. O empilhamento de funções de receptor evidencia as conversões no limite entre a crosta e o manto, mostrando crosta espessa, entre 36 e 40 km na porção sul do Planalto e crosta entre 30 e 32 km nas regiões ao redor, incluindo o norte do Planalto. Essa mesma abordagem também revelou a presença de uma descontinuidade entre 9 e 18 km de profundidade, que tende a desaparecer em direção ao sul do Planalto, à medida que a crosta se torna espessa. Dessa forma, argumenta-se que a crosta fina na Província Borborema é o resultado de processos de estiramento crustal durante o Mesozoico e que a descontinuidade intracrustal observada consiste num detachment de baixo ângulo, que atuou na acomodação da distensão. A crosta espessa na porção sul do Planalto seria, então, um bloco com reologia mais resistente, que resistiu a deformação durante o Mesozoico, enquanto a crosta fina sob o norte do Planalto seria proveniente de uma bacia pretérita, cuja crosta foi afinada durante o Mesozoico e soerguida durante o Cenozoico. |