Riso e lágrimas que não têm planos: o sujeito lacerado e a experiência interior, segundo Georges Bataille

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Camilo, Anderson Barbosa
Orientador(a): Pellejero, Eduardo Anibal
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal do Rio Grande do Norte
Programa de Pós-Graduação: PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM FILOSOFIA
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufrn.br/jspui/handle/123456789/29688
Resumo: Esta tese tem como objetivo abordar o problema da experiência interior na perspectiva crítica elaborada por Georges Bataille. Este trabalho privilegia os volumes de La somme atéologique e aborda a experiência interior como experiência que nega qualquer autoridade exterior, isto é, como experiência soberana. Para Bataille, a autoridade da experiência interior é a própria experiência, mas tal autoridade se expia. A experiência é um movimento constante de contestação dos dogmas e o sujeito que vive por esta contestação é um sujeito dos limites da angústia e do êxtase. Como assinalou Foucault em Prefácio à transgressão, a experiência interior para Bataille é uma experiência dos limites, o excesso comanda a experiência, que é experiência da perda do sujeito. Nesse sentido, o pensamento de Bataille critica a negatividade pensada por Hegel, pois a negação da experiência interior expressa uma negatividade sem emprego. Bataille quis pensar uma filosofia oposta à de Hegel, uma filosofia que põe a si mesma na colocação em questão do discurso. A escrita sobre a experiência interior reflete a difícil tarefa de abordar a experiência que escapa das formas discursivas. Como resposta às dificuldades do discurso da experiência, Bataille realiza algumas operações no seio da linguagem, como figurações e evocações de imagens no intento de expor um sujeito lacerado nas vias da alteração das formas discursivas. Além disso, nos propomos discutir nesta tese o erotismo como manifestação da experiência interior e inscrição do corpo no domínio da violência dos desejos, abordando os conceitos de transgressão e interditos, ou transgressão e limites.