Experiências de casas-museu em Portugal e Brasil: vidas, lugares e memórias

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: Gameleira, Raissa de Albuquerque
Orientador(a): Elali, Gleice Virginia Medeiros de Azambuja
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal do Rio Grande do Norte
Programa de Pós-Graduação: PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ARQUITETURA E URBANISMO
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufrn.br/handle/123456789/49878
Resumo: A investigação incide sobre a teoria e a prática de projeto de casas-museu. A pesquisa é baseada nos estudos da arquitetura dos museus e da habitação, atrelada aos conceitos da poética do espaço, morfologia, percepção, bem como a relação entre a vida prática e a memória imaginativa. Assume-se que, como todas as outras instituições museológicas, esta tipologia de museu necessita imprimir, no ambiente expositivo, práticas que a levem a ser uma instituição de guarda do acervo e ensino. Percebemos, neste sentido, o grande desafio atribuído as casas-museu: transformar um edifício residencial, com seus objetos e memórias, em uma instituição museológica responsável por preservar, educar, comunicar, e outras ações intrínsecas à instituição. A questão de investigação surge da lacuna evidenciada nas pesquisas sobre casas-museu: como a arquitetura e a museografia influenciam na percepção de uma casa-museu, enquanto memória imaginativa? Nesta investigação, as relações entre forma e imagem, espaço expositivo, espaço habitado e sua interação com o público nas casas-museu, provocam uma reflexão sobre os conceitos vigentes na arquitetura das habitações e nos projetos de museografia. Compreendemos que o espaço é uma forma de linguagem que, em uma casa-museu, exerce papel fundamental na compreensão da vida íntima representada. Assume-se como hipótese inicial desta investigação que é possível identificar os elementos da arquitetura que, aliados à museografia, possibilitam a desejada memória imaginativa para uma casa-museu. Foram utilizados procedimentos metodológicos mistos, com instrumentos e técnicas de análises e interpretação que permitem compreensão ampla dos fenômenos, seu sentido e significação, num processo que envolveu várias etapas interativas e simultâneas. Para tanto, foram selecionadas quatro casas-museu como casos de estudo (Fundação Amália Rodrigues Casa-Museu, Fundação Medeiros e Almeida Casa-Museu, Fundação Ema Klabin Casa Museu e Casa Guilherme de Almeida), as quais foram investigadas tendo por base: Contexto (vida e lugar), Espaço e Forma (análise visual e morfológica), Uso e Percepção (entrevista com funcionários e visitantes). Os dados obtidos foram cruzados entre si, possibilitando o desenvolvimento de parâmetros confrontados com o estado da arte. As conclusões remontam à problemática estabelecida, sugerindo os meios para repensar a poética do espaço habitado e da memória imaginativa no processo de transformação de uma casa em uma casa-museu.