Caracterização de chaminés de gás nas bacias do Parnaíba, Paraná e Tacutu: uma nova ferramenta exploratória

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Goulart, José Paulo de Melo
Orientador(a): Castro, David Lopes de
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM GEODINÂMICA E GEOFÍSICA
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufrn.br/jspui/handle/123456789/27653
Resumo: Esse estudo busca investigar a presença de chaminés de gás nas Bacias do Parnaíba, Paraná e Tacutu, através de uma interpretação em seções sísmicas que foram aprimoradas por um processamento sísmico especial que facilita a visualização dessas feições sísmicas, auxiliando assim os futuros trabalhos de pesquisa de hidrocarbonetos nestas bacias. A nova metodologia de processamento e interpretação objetiva facilitar o processo de identificação de chaminés de gás em dados sísmicos, por meio da expansão do espectro de frequências do sinal sísmico no domínio de Hilbert. Esta metodologia de pesquisa, ao permitir uma ampliação das informações concernentes ao sistema petrolífero, se torna uma nova ferramenta exploratória pois diminui os altos riscos exploratórios inerentes às bacias de fronteira com elevada extensão territorial, como são as Bacias do Parnaíba e do Paraná. Outra bacia que também foi visitada nessa dissertação, objetivando investigar a presença de chaminés de gás, foi a Bacia do Tacutu. Frequentemente as chaminés de gás são tratadas como ruídos ou até mesmo a sua presença não é nem percebida no processamento sísmico convencional PSTM. Este trabalho mostra uma metodologia de processamento que busca realçar as chaminés de gás e tornar inequívoca a sua interpretação em seções sísmicas. A sua sismofácie se constitui de perturbações caóticas e de baixa frequência que interrompem a continuidade lateral de bons refletores e tem a sua origem relacionada à migração de fluidos ou gás livre, no seu caminho entre a rocha geradora e a rocha reservatório. Além disso essa pesquisa conseguiu, pela observação do enraizamento das chaminés de gás nos grábens da Bacia do Parnaíba, indicar fortemente um novo sistema petrolífero ativo associado aos depósitos silurianos presentes na bacia. Para comprovar que as feições sísmicas realçadas pelo processamento especial se tratam realmente de chaminés de gás, foi realizado um trabalho de validação buscando identificar feições topográficas, sísmicas e geoquímicas que costumam ocorrer associadas à presença de chaminés de gás. Para facilitar o trabalho de gerenciamento de processos exploratórios futuros, ao direcionar os novos programas sísmicos a serem adquiridos, foi elaborado um quadro com os diversos tipos de trapas associadas a chaminés de gás encontradas nesta bacia e as suas respectivas probabilidades de sucesso, levando em conta os resultados obtidos nesta bacia e em outras partes do mundo. Aquelas com maiores probabilidades de sucesso devem ser as escolhidas para um maior detalhamento sísmico. Considerando a quantidade de chaminés de gás encontradas com a intepretação usando este processamento especial, a área significativa das estruturas encontradas e os demais indicadores diretos de hidrocarbonetos revelados no trabalho, pode-se afirmar que se está diante de uma bacia com alto potencial para descobertas comerciais de hidrocarbonetos e com, relativamente, baixo risco. Apesar de terem sido estudadas poucas linhas da Bacia do Paraná, as seções sísmicas mostraram também uma bacia altamente atrativa com muitas chaminés de gás e outros indicadores diretos de hidrocarbonetos. A Bacia do Tacutu foi a única que não usamos o processamento sísmico aqui chamado de PEEF. No entanto a comparação da intepretação sísmica das seções processadas no sistema WIT/CRS com seções do atributo SEMBLANCE e levantamentos geoquímicos da ANP, sugere uma grande possibilidade de serem realmente chaminés de gás as feições sísmicas interpretadas.