Eficácia do tratamento fisioterapêutico para vulvodínia: uma revisão sistemática

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2023
Autor(a) principal: Nascimento, Renata Polliana de Oliveira
Orientador(a): Oliveira, Ana Katherine da Silveira Gonçalves de
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal do Rio Grande do Norte
Programa de Pós-Graduação: PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIAS APLICADAS À SAÚDE DA MULHER
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufrn.br/handle/123456789/57325
Resumo: A vulvodinia é descrita como dor na região vulvar que pode ser de origem espontânea ou ocasionada pelo toque, podendo ser generalizada ou localizada, sem causa específica. O objetivo desta revisão é avaliar a eficácia da fisioterapia na redução dos sintomas provenientes da vulvodinia. A presente revisão sistemática foi projetada e realizada de acordo com o PRISMA (Preferred Reporting Items for Systematic Reviews and Meta-Analyses). As buscas foram realizadas no PubMed, Embase, Scopus, Web of Science, SciELO, PEDro, Cochrane Central Register of Controlled Trials e ClinicalTrials.gov em fevereiro de 2023. Dois autores selecionaram e extraíram os dados independentemente. Foram incluídos artigos de texto completo de ensaios clínicos que compararam terapias físicas com nenhum tratamento ou outros tratamentos para vulvodinia. O risco de viés foi avaliado usando a ferramenta Cochrane Risk of Bias. A avaliação da força da evidência dos resultados foi realizada usando o Recommendations Assessment Development and Evaluation (Granding of Recommendations Assessment Development and Evaluation). Um total de 2.274 artigos foram recuperados das bases de dados. Sete estudos preencheram os critérios de inclusão, sendo elegíveis para a revisão sistemática, totalizando 477 pacientes. As intervenções estudadas foram biofeedback eletromiográfico (EMG) (n= 2), estimulação elétrica nervosa transcutânea TENS (n= 1), estimulação transcraniana por corrente contínua (TDSC) (n= 1), onda de choque de baixa intensidade (LISWT) (n= 1), tratamento fisioterapêutico (n= 1) e exercício do assoalho pélvico mais modificações comportamentais (n= 1). Dos sete estudos incluídos, todos avaliaram a redução da dor, cinco avaliaram a função sexual e dois avaliaram a qualidade de vida. Todas as intervenções foram eficazes para os principais resultados, apenas a intervenção TDSC não teve diferença significativa quando comparada ao grupo placebo (Sham). Três estudos apresentaram alto risco de viés devido principalmente à falta de cegamento. As intervenções estudadas (biofeedback eletromiográfico, TENS, ondas de choque, fisioterapia e exercícios do assoalho pélvico) parecem melhorar a dor, a função sexual e a qualidade de vida. No entanto, a heterogeneidade dos estudos impediu a realização da metanálise. Registro no PROSPERO: CRD42023394207.