Atividade bioacústica em ninhos de Eretmochelys imbricata (LINNAEUS, 1766) na Barreira do Inferno - RN

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Monteiro, Cibele Castro
Orientador(a): Corso, Gilberto
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIAS BIOLÓGICAS
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufrn.br/jspui/handle/123456789/27257
Resumo: Quelônios se comunicam principalmente através do olfato e da visão, mas estudos recentes têm evidenciado o uso da comunicação acústica para este grupo, em especial no que tange o cuidado parental. A pesquisa aqui apresentada visou identificar emissões acústicas produzidas por embriões e filhotes de tartaruga de pente, na Barreira do Inferno, Parnamirim–RN. Para a coleta de dados foi usado o gravador TASCAM DR-40 e uma taxa de amostragem de 96kHz. Foram analisadas 122 gravações de ninhos de Eretmochelys imbricata, com presença de ovos ou ovos e filhotes. A análise espectral das vocalizações foi executada no software RAVEN Pro 1.5 (Cornell Lab of Ornithology, Ithaca, NY). Os achados variam entre sons pulsados e tonais, sendo determinados 4 tipos de padrões acústicos para os ninhos e filhotes de Eretmochelys imbricata em um total de 575 sinais. O sinal tipo 1 (N=86) é composto por pulsos de duração entre 0,001s e 0,004s, podendo chegar a até 64 pulsos seguidos com pico de frequência entre 375 e 2625 Hz. Tipo 2 (N=330) é composto por um pulso único, que pode aparecer em séries de até 25, com uma duração de 0,001s cada pulso. A frequência de pico está entre 1125 e 1350 Hz. O som tipo 3 (N=110) é tonal, formado por uma única banda, com pouca modulação de frequência e uma duração entre 0,004 e 0,096 s, sendo os sinais mais longos encontrados. Os de tipo 4 (N=49), possuem de 2 a 5 harmônicos e podem ter até 6 pontos de inflexão, com uma duração entre 0,003 e 0,032 s. Os sons pulsados foram os mais encontrados nas gravações dos ninhos de Eretmochelys imbricata, sendo o tipo 1 e 2 os sinais mais comuns, presentes tanto nos ninhos que tinham apenas ovos como nos ninhos que já continham filhotes. Sons tonais como os tipos 3 e 4 foram encontrados principalmente quando já havia presença de filhotes fora dos ovos. Foi usada a janela do tipo Hamming, com tamanho FFT 256 para os tipos I e II e 512 para os tipos 3 e 4. As emissões encontradas remetem a sons de quelônios como Chelodina oblonga, Podocnemis expansa e Dermochelys coriacea. O trabalho ocorre em parceria com o projeto TAMAR e apresenta resultados promissores sobre a sonora de filhotes de E. imbricata.