Silicificação hidrotermal ao longo de falhas em unidades carbonáticas e siliciclásticas e seu impacto na qualidade dos reservatórios, bacia potiguar, Brasil

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Menezes, Cristiane Paulino de
Orientador(a): Vieira, Marcela Marques
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIA E ENGENHARIA DE PETRÓLEO
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufrn.br/jspui/handle/123456789/27747
Resumo: Analisamos a silicificação hidrotermal ao longo do Sistema de Falhas de Afonso Bezerra na Bacia Potiguar, margem equatorial do Brasil, para avaliar o papel dos fluidos ricos em Si na geometria, propriedades e evolução das falhas. A falha corta toda a bacia, incluindo seu embasamento cristalino, unidade siliciclástica e carbonática do Cretáceo Superior, até a unidade de carbonato superior Paleógeno-Neógeno. Intenso processo de silicificação controlada por falha causada por a migração ascendente e a difusão de fluidos hidrotermais ocorreram repetidamente. A zona de falha é caracterizada por múltiplos eventos de silicificação sintética (dinâmica) com brecciação hidráulica em todas as escalas no núcleo da falha e silificação estática, em que nenhuma ou pouca orientação ou deformação ocorreu na zona de dano. Em as unidades carbonatadas, a silicificação resultou na substituição completa da mineralogia do carbonato pelo quartzo, calcedônia e opala, e o conteúdo de SiO2 aumentou de 3 a 15% na rocha hospedeira, para 94–97% nas porções silicificadas da falha. A zona de falha silicificada apresenta um alargamento abrupto de 150m a unidade siliciclástica até 800m na unidade de carbonática inferior. A matriz da unidade siliciclástica exibe um redução de porosidade de 27% para 4%. Em contraste, a porosidade da matriz da unidade de carbonato inferior exibe porosidade primária de aproximadamente 5 a 10%, que é reduzida a ~ menos de 1% ou aumentada para mais de 15% na zona silicificada. Nas unidades de carbonato superior e inferior, a porosidade vugular em escala centimétrica ocorre na zona de falha silicificada. Essa porosidade vugular anômala poderia servir como espaço poroso de um reservatório. As evidências coletivas de campo e petrológicas sugerem que a intrusão vulcânica desempenha um papel importante na silicificação. Este trabalho pode esclarecer a geometria original e provável da distribuição de sílica controlada por falhas, causando heterogeneidades em reservatórios carbonáticos e siliciclásticos.