Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2012 |
Autor(a) principal: |
Severo, Maria do Carmo de Sousa |
Orientador(a): |
Martins, Lúcia de Araújo Ramos |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal do Rio Grande do Norte
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Educação
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Departamento: |
Centro de Educação
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufrn.br/jspui/handle/123456789/27559
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Resumo: |
O presente estudo aborda a trajetória de atuação de professores itinerantes ligados à Subcoordenadoria de Educação Especial/SEEC/RN, em escolas estaduais de Natal/RN, no período de 1971 a 2011. Neste sentido, de uma maneira específica, procuramos reconstituir, historicamente, o trabalho de professores itinerantes, realizado em escolas estaduais de Natal/RN, e assim analisar o percurso desenvolvido na rede escolar pública estadual. Para efetivação do trabalho, utilizamos como referência metodológica a abordagem qualitativa. A investigação empreendida se constituiu em uma pesquisa histórica, com base na história oral temática, que possibilitou recorrer às vozes de professores itinerantes, como principal fonte de evidência. Para tanto, utilizamos a entrevista semiestruturada e fontes documentais. Tivemos como participantes 10 (dez) professores, tendo como critério a atuação no referido serviço, na área da Educação Especial, por um período mínimo de 3 anos. O local da entrevista foi variado, segundo a conveniência dos participantes; no entanto, houve maior concentração no âmbito da Subcoordenadoria de Educação Especial/SEEC. Para organização e análise dos dados recorremos à Análise de Conteúdo, sistematizando-os em categorias temáticas. Os resultados apontaram que os professores itinerantes atentam para o fato de que as barreiras para a participação e a aprendizagem não são concentradas no aluno com deficiência e com outras necessidades educacionais especiais, mas no contexto no qual estão inseridos. Com base nesta realidade, dialogam, articulam intervenções, propõem soluções, inclusive atuam como interlocutores entre a escola e a Secretaria de Educação, evidenciando situações problemas que angustiam os educadores no cotidiano escolar. Demonstram, ainda, que têm procurado atuar como agentes de sensibilização, como articuladores, mediadores e orientadores do processo de inclusão junto à comunidade escolar. Revelam, assim, que a atuação do professor itinerante não está restrita a apoiar a prática pedagógica, mas abrange a construção de valores e atitudes coerentes com as relações inclusivas, contribuindo com o emergir de uma nova cultura no âmbito escolar, tornando-a uma opção política. Foi possível percebermos que – no caminhar desses professores por mais de quatro décadas, na Educação Especial, em Natal/RN, diante das mudanças de paradigmas que foram se instaurando – eles foram reconstituindo o seu saber e o seu fazer, com vistas ao desenvolvimento de uma educação efetivamente inclusiva, em escolas regulares de ensino. |