Estudo do efeito antitumoral da associação da metformina com a nanoparticula de Poli(ácido lático-co-glicólico) de metotrexato em células de adenocarcinoma ductal pancreático

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Lima, Juliana Silva de Medeiros
Orientador(a): Araújo Júnior, Raimundo Fernandes de
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal do Rio Grande do Norte
Programa de Pós-Graduação: PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM BIOLOGIA ESTRUTURAL E FUNCIONAL
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
GSH
MDA
Link de acesso: https://repositorio.ufrn.br/handle/123456789/31251
Resumo: O adenocarcinoma ductal pancreático (PDAC) corresponde a 90% dos tumores malignos de pâncreas e um dos principais fatores de risco deste câncer é o diabetes mellitus tipo 2, além de tabagismo e obesidade. A metformina é um antiglicemiante oral bastante utilizado no tratamento do diabetes mellitus. Além dessa propriedade de uso, recentemente a metformina tem sido relatada com atividade antitumoral. O objetivo deste estudo foi realizar a avaliação in vitro do efeito pró-apoptótico mediante a combinação da metformina e a nanopartícula de PLGA associada ao metotrexato, um quimioterápico padrão utilizado no tratamento antineoplásico. Para esse fim, foi realizado testes de viabilidade com Alamar Blue, citometria de fluxo com anexina/PI e imunofluorescência com anticorpos anti-caspase-3, anti-bcl-2 e anti-FADD em células de adenocarcinoma ductal pancreático (PANC-1), e, em células embrionárias de rim humano (HEK-293). Também foi avaliada a internalização das nanopartículas marcadas com FITC por imunofluorescência. A avaliação da resistência à drogas e a via de sobrevivência celular foram feitas através da análise da expressão de mRNA dos genes MDR1, survivina, EGFR, Akt, e mTOR por RT-PCR. Os resultados mostraram que as doses isoladas de metformina e nanopartícula não induzem apoptose significativa, entretanto, o uso combinado induziu até 55.3% da apoptose. A elevada expressão de FADD e caspase-3 foi estatisticamente significativa com p<0,01, assim como a baixa expressão de bcl-2, com p<0,05, no período de 48 horas frente o uso combinado de metformina e PLGA-MTX, mostrando ativação da apoptose tanto pela via extrínseca como intrínseca. Além disso, o aumento de GSH e redução de MDA revelam efeito antioxidante do tratamento em ambas linhagens. As nanopartículas reduziram a expressão de genes de resistência a fármacos MDR1, survivina, EGFR com p<0,0001 em todos os tratamentos combinados e reduziram, também, a expressão de genes da vida de sobrevivência Akt e mTOR com p<0,0001 em todos os tratamentos combinados. O uso da metformina anterior ao uso do PLGAMTX, aumenta a indução da apoptose de células tumorais, reduz a resistência ao tratamento antitumoral e inibe vias de sobrevivência celular. Nesse contexto, concluise que a metformina potencializa a atividade antitumoral da PLGA-MTX, o que sugere ser no futuro um promissor sistema integrado ao serem utilizados em associação dentro de um sistema de nanopartículas.