Identificação das cargas de trabalho de enfermeiras na Estratégia Saúde da Família

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: Ferreira, Danielle Rezende
Orientador(a): Medeiros, Soraya Maria de
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ENFERMAGEM
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufrn.br/jspui/handle/123456789/25311
Resumo: A carga de trabalho está inserida no contexto laboral e no processo de trabalho, que interagem entre si e com o corpo do trabalhador, o que pode causar mudanças no seu estado biopsíquico e, consequente, desgaste físico e psíquico. O presente estudo objetivou identificar as cargas de trabalho de enfermeiros(as) que atuam na Estratégia Saúde da Família em um município de do Nordeste Brasileiro. A pesquisa é vinculada a um projeto maior intitulado “Inovação tecnológica não material em saúde: cargas de trabalho e satisfação”, do grupo de pesquisa Praxis – Núcleo de estudos sobre trabalho, cidadania, saúde e enfermagem, do Programa de Pósgraduação em Enfermagem da Universidade Federal de Santa Catarina. Trata-se de um estudo exploratório, descritivo, de abordagem qualitativa do tipo pesquisa de campo, orientada pelas teorias do Materialismo Histórico-Dialético e das cargas de trabalho. A amostra foi composta por 14 enfermeiras da Estratégia Saúde da Família (ESF), distribuídas nos cinco distritos sanitários do município de Natal (Norte I, Norte II, Sul, Leste e Oeste). A coleta de dados se deu por meio de entrevistas semiestruturadas destinadas a cada enfermeiro atuante na ESF. A análise dos dados foi realizada com base na análise de conteúdo temática de Bardin. O projeto teve aprovação pelo Comitê de Ética e Pesquisas (CEP) da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) sob o parecer nº 1.880.221 e CAAE: 62021516.7.0000.5537. O estudo foi realizado com base nos princípios da ética, estabelecidos pela resolução 466/12. A população entrevistada é do sexo feminino (100%), com mais de 5 anos de experiência profissional (100%) e na ESF (100%), a maioria entre 50 e 59 anos, com especialização/residência (50%), efetivo/concursado, com jornada de trabalho de 40 horas (85,71%) e somente um emprego (85,71%). Dentre os fatores que aumentam as cargas de trabalho, estão o excesso de demanda, as falhas na gestão, os problemas na resolutividade, a insegurança, o fato de responsabilizar-se pelo trabalho dos demais profissionais, o excesso de demanda, o déficit de materiais. Os fatores que ajudam a reduzir as cargas de trabalho são vínculo, trabalho em equipe, apoio da gerência, gosto por trabalhar na ESF. As cargas de trabalho são influenciadas pela inter-relação do trabalho com o profissional de saúde, e essa relação dialética pode ocasionar o adoecimento do enfermeiro membro da ESF.