Vivência integrada na comunidade: uma análise de seu papel político formativo para a educação médica

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2024
Autor(a) principal: Diniz, Helyson da Nóbrega
Orientador(a): Oliveira, Ana Luiza de Oliveira e
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal do Rio Grande do Norte
Programa de Pós-Graduação: PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM EDUCAÇÃO, TRABALHO E INOVAÇÃO EM MEDICINA
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufrn.br/handle/123456789/58167
Resumo: A educação médica no Brasil passa por mudanças sociopolíticas a partir dos anos 1960 com a mirada de reestruturação pedagógica dando ênfase na Atenção Primária à Saúde e modelos de ensino baseados na aprendizagem significativa através de métodos problematizadores de ensino. O início do processo de implementação da Escola Multicampi de Ciências Médicas do Rio Grande do Norte (EMCM-UFRN) em 2012, o lançamento do Programa Mais Médicos em 2013 e a publicação das Diretrizes Curriculares Nacionais dos Cursos de Medicina em 2014, trouxeram mudanças fulcrais para analisar a formação médica na atualidade. Estas transformações visam formar médicos mais engajados social e politicamente, humanistas e aptos a atender às necessidades da comunidade e do Sistema Único de Saúde (SUS). No curso de graduação em medicina da EMCM-UFRN um exemplo inovador para esta virada é o componente curricular Vivência Integrada na Comunidade (VIC) que se destaca como um internato longitudinal ancorado na Social Accountability como referencial teórico metodológico. Dessa maneira, este estudo tem como objetivo analisar o processo pedagógico dos módulos VIC na formação de estudantes de medicina da EMCM-UFRN. Por meio de uma pesquisa qualitativa, caracterizada por uma abordagem exploratória e descritiva, buscou-se identificar fortalezas e fragilidades destes módulos através da pesquisa documental e criação de categorias para reflexão, a saber: i) “Será que seremos capazes de dar conta de tudo isso?”: Princípios educacionais da EMCM; ii) “Um mar de possibilidades”: Itinerário Formativo nos módulos VIC; e iii) “Vivenciar na prática a medicina que ia nos aguardar fora da universidade”: Intencionalidade pedagógica nos módulos VIC. Concluímos que os módulos VIC apresentam um caráter formativo intencional e contra hegemônico de trazer a realidade do SUS e de sua organização política como cenário de aprendizado pelo trabalho oportunizando ao estudante o contato com o cotidiano da vida das pessoas, trabalhadores(as) e usuários(as) em sua prática durante a formação médica. Um desdobramento da pesquisa foi a criação de um Guia para o Estudante da VIC na EMCM-UFRN, que contém as principais informações necessárias, além de procedimentos logísticos, direitos, deveres e relatos de experiências prévias, o que pôde preencher lacunas logísticas e pedagógicas dos módulos.