Participação em programas de reabilitação cardiovascular: barreiras para pacientes de serviços públicos e privados de saúde no Estado do Rio Grande do Norte

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: Santos, Tácito Zaildo de Morais
Orientador(a): Ferreira, Gardenia Maria Holanda
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM FISIOTERAPIA
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufrn.br/jspui/handle/123456789/25534
Resumo: Introdução: o Brasil é um país de dimensões continentais, marcado por peculiaridades no sistema de saúde e iniquidades regionais no financiamento de serviços. Mesmo com sólidas recomendações nacionais e internacionais para reabilitação cardiovascular (RCV), a disponibilidade de programas é díspar e as barreiras para participação são conhecidas de forma incipiente no cenário brasileiro. Portanto, faz-se necessário investigar essas barreiras em diferentes serviços de saúde e estágios de tratamento. Objetivos: descrever e comparar barreiras para a participação em RCV em serviços públicos e privados de saúde. Métodos: trata-se de um estudo observacional-analítico, de caráter transversal, realizado conforme o Strengthening the Reporting of Observational Studies in Epidemiology (STROBE) entre maio e dezembro de 2017. Neste estudo, participantes de RCV e pacientes elegíveis de enfermarias e ambulatórios foram pareados pelo tipo de serviço que utilizavam. O nível de barreiras para RCV foi avaliado pela Escala de Barreiras para Reabilitação Cardíaca (EBRC) e os testes U de Mann-Withney e Kruskal Wallis foram usados nas comparações entre tipos de serviço e entre estágios de tratamento, respectivamente. Resultados: um total de 140 pacientes participou do estudo. O escore médio total de barreiras foi 1,98±0,48 e diferiu apenas entre pacientes internados e participantes de RCV (p<0,05). Algumas barreiras nos domínios acesso, necessidades percebidas e comorbidades / estado funcional foram maiores em serviços públicos do que nos privados (p<0,05). O domínio necessidades percebidas teve o maior escore da amostra (2.31±0.71). Não saber sobre RCV (3.75±1.66) e falta de referência médica (2.32±1.53) foram as maiores barreiras nesse domínio. Conclusão: Não houve diferenças nos escores gerais entre os serviços públicos e privados, bem como entre pacientes internados e ambulatoriais. Porém, algumas barreiras diferiram significativamente entre esses grupos. Logo, abordagens para disseminação de conhecimento em RCV e implementação de estratégias para referência de elegíveis devem ser encorajadas em ambos os serviços.