Loucura e amor sexual na metafísica de Arthur Schopenhauer

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2023
Autor(a) principal: Ramalho, Antonio Douglas Sampaio
Orientador(a): Sanguinetti, Federico
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal do Rio Grande do Norte
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-graduação em Filosofia
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufrn.br/handle/123456789/55111
Resumo: A presente dissertação tem como objeto direto de investigação o entrelaçamento entre a teoria da loucura e o amor sexual na metafísica de Arthur Schopenhauer. Este exame se dá, especialmente, a partir das leituras do segundo tomo de O Mundo como Vontade e como Representação (1844), sobretudo no capítulo 32 que trata Sobre a Loucura, e capítulo 44, intitulada de A Metafísica do Amor Sexual. A intersecção proposta entre a loucura e o amor sexual diz respeito aos embates que os desejos imperativos da Vontade - representados na estrutura da natureza pelo impulso sexual - têm com a racionalidade humana, no que tange aos interesses dissonantes entre o querer determinante da natureza (o interesse da espécie) e o querer racionalizado humano. Nesse sentido, o choque entre estes dois interesses faz com que surja a possibilidade da loucura como ponto da fissão presente nesse conflito, uma vez que a loucura, aqui, será a atividade que visa solucionar um possível prejuízo ao indivíduo, enquanto exercício da Vontade de vida. Este conflito se apresenta na perspectiva que a ideia metafísica do amor sexual, no campo da representação, é um artifício utilizado pela Vontade para enganar o homem e objetivar seu querer intempestivo. Em síntese, a proposta de atuação da loucura no amor sexual realizar-se-á em relação aos possíveis problemas que a efetivação do impulso sexual pode encontrar no seu trajeto até a finalidade do enamorar-se.