Onde fica o sertão rompem-se as águas: processo de territorialização da ribeira do Apodi-Mossoró (1676-1725)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2015
Autor(a) principal: Dias, Patrícia de Oliveira
Orientador(a): Alveal, Carmen Margarida Oliveira
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal do Rio Grande do Norte
Programa de Pós-Graduação: PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM HISTÓRIA
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufrn.br/jspui/handle/123456789/20811
Resumo: O processo de territorialização portuguesa da capitania do Rio Grande foi iniciado em 1598, com a conquista da barra do Rio Potengi por Mascarenhas Homem. Tal processo perdurou até 1633, quando foi interrompido pela chegada dos holandeses, sendo retomado somente em 1654. A partir deste ano, incentivou-se a ocupação de terras desconhecidas da capitania, subsidiando o avanço de conquistadores rumo às terras mais ao interior, rompendo os limites divisórios com a capitania do Siará Grande até então conhecido: a ribeira do Assú. Este avanço resultou em enfretamentos com os habitantes destas terras, os conhecidos tapuias, levando à eclosão de diversos conflitos que compuseram a Guerra dos Bárbaros. O palco principal de tais acontecimentos no Rio Grande, entre os anos de 1687 e 1720, foi justamente a ribeira do Assú, um dos espaços a ser problematizado por esta pesquisa. Considerando-se isso, este trabalho tem por objetivo analisar o avanço dos conquistadores no Rio Grande, contribuindo para o processo de territorialização portuguesa, que resultou no surgimento de uma nova fronteira entre o Rio Grande e o Siará Grande: o rio Apodi-Mossoró. Para tanto, realizou-se o cruzamento de fontes produzidas entre os anos de 1659 e 1725, como as cartas de sesmarias, cartas régias, correspondências entre a Câmara de Natal, os capitães-mores do Rio Grande e o governo de Pernambuco e governo geral, bem como os documentos referentes aos terços de paulistas que atuaram na capitania.