O livro didático disputado: uma análise do espaço didático-editorial brasileiro (1995-2016)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2023
Autor(a) principal: Soares, Jandson Bernardo
Orientador(a): Oliveira, Margarida Maria Dias de
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal do Rio Grande do Norte
Programa de Pós-Graduação: PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM HISTÓRIA
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufrn.br/handle/123456789/54570
Resumo: O presente trabalho se propõe a investigar como aconteceram as disputas entre o Estado brasileiro e os autores de livros didáticos, entre 1995 e 2016, em torno da constituição de um conceito de livro didático, entendido aqui como um saber-fazer. Nesse sentido, relaciono os documentos produzidos e divulgados pela Associação Brasileira de Autores de Livros Educacionais (ABRALE) e os Guias do PNLD elaborados pelo Estado Brasileiro. Tais produções foram observadas à luz da Análise de Conteúdo, o que possibilitou ampliar a sua leitura para atingir aspectos práticos, psicológicos, históricos, econômicos e sociológicos (Laurence Bardin, 1980), os quais foram adensados a partir de escritos de Jürgen Habermas (1996) e Michel de Certeau (2013), autorizando a observar a linguagem e as práticas no mundo como duas faces da mesma moeda, elementos que dialeticamente comporiam as formas de agir, produzir e se relacionar com a realidade. Por fim, este texto demonstra como as relações entre o Estado brasileiro se desenvolveram a partir de modelos de racionalidades que oscilaram entre um modelo técnico e um comunicativo, ao passo que a avaliação dos livros didáticos e seus procedimentos se configuraram como o principal espaço de disputa, mas também de consenso entre os agentes sociais envolvidos com o livro didático.