Microemulsão tópica contendo Anfotericina B visando o tratamento de onicomicoses

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: Souza, Aleph Matthews da Silva
Orientador(a): Egito, Eryvaldo Socrates Tabosa do
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal do Rio Grande do Norte
Programa de Pós-Graduação: PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIAS FARMACÊUTICAS
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufrn.br/handle/123456789/49736
Resumo: O tratamento da onicomicose é desafiador devido à complexidade etiológica da doença, que requer uma formulação com parâmetros adequados e um antifúngico potente. Neste estudo, buscou-se desenvolver uma formulação microemulsionada otimizada contendo AmB para aplicação tópica em matriz ungueal visando o tratamento de onicomicoses. Inicialmente, o método de incorporação de AmB na microemulsão base foi otimizado com a adição do promotor de permeação dimetilsulfóxido. Subsequentemente, planejamentos fatoriais foram realizados para determinação de um par de antioxidantes (ácido ascórbico e beta-caroteno) e suas respectivas concentrações de uso que fotoestabilizassem a AmB na formulação. Além disso, um agente estruturante de fase externa (carboximetilcelulose) foi adicionado à formulação visando ganho de viscosidade e melhorias nas propriedades de aplicação tópica ungueal. A partir destas alterações, parâmetros de estabilidade a 5 ± 2 ºC durante 90 dias como teor de AmB, pH, condutividade elétrica, distribuição de tamanho de gotícula, potencial zeta, conteúdo não-volátil e adesividade foram estudados. Adicionalmente a atividade biológica do nanocarreador desenvolvido foi avaliada pela determinação da concentração inibitória mínima (CIM), estudo de permeação e retenção ex vivo e toxicidade in vitro. Os resultados evidenciaram que a AmB permanece com 100 % do seu teor, pH em torno de 5,21 ± 0,01 e condutividade elétrica de 39,23 ± 0,17 mS/cm ao longo de todo tempo estudado. O mesmo foi observado para o tamanho hidrodinâmico de gotícula, índice de polidispersão e potencial zeta (24,20 ± 1,65 nm, 0,31 ± 0,02, 26,41 ± 1,66 mV respectivamente). Adicionalmente, o estudo de conteúdo não-volátil e adesão mostraram-se apropriados e a microemulsão otimizada apresentou uma variação de CIM de 2,50 até 5,00 μg/mL frente a diferentes cepas de Candida spp. Finalmente o estudo de permeação revelou que o nanocarreador consegue permear sobre uma matriz ungueal liberando até 25,50 ± 1,21 % da AmB presente no mesmo, atingido, portando, uma concentração superior à CIM. Qualitativamente, foi possível observar indicativos de retenção da formulação nas membranas ungueais avaliadas. Por fim, estudos de toxicidade in vitro em hemácias humanas indicaram que a formulação foi capaz de liberar o íon potássio intracelular e não foi capaz de liberar hemoglobina, parâmetros que, juntos, sugerem que a formulação não apresentou toxicidade celular in vitro no modelo celular avaliado.