Uso e ocupação em zonas ripárias e sua implicação na qualidade do solo e da água de ecossistemas aquáticos

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Melo, Jéssica Freire Gonçalves de
Orientador(a): Cunha, Karina Patricia Vieira da
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA SANITÁRIA E AMBIENTAL
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
GIS
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufrn.br/jspui/handle/123456789/27414
Resumo: O uso do solo em zonas ripárias aumenta sua vulnerabilidade a erosão, ampliando o seu potencial como fonte difusa de nutrientes e contaminantes para os corpos hídricos, especialmente em climas semiáridos, cujos solos são naturalmente mais susceptíveis à erosão. O objetivo deste trabalho foi compreender a influência do uso e ocupação de zonas ripárias nos atributos físicos e químicos do solo e na qualidade da água em ecossistemas aquáticos. Para isso, foram estudados os atributos físicos e químicos do solo, densidade do solo, densidade de partículas, porosidade total, areia, silte, argila, pH, matéria orgânica e fósforo disponível, sob diferentes usos antrópicos em dez ecossistemas ripários, juntamente com os dados limnológicos, clorofila a, fósforo total, nitrogênio total e sólidos totais, dos copos hídricos subjacentes. Nós analisamos o uso e a qualidade do solo nas zonas ripárias de quatro lagoas e seis reservatórios no Estado do Rio Grande do Norte (Brasil) e nossos resultados mostram que: i) há três classes principais de uso e ocupação do solo: vegetação nativa, agricultura e solo exposto, com as duas últimas apresentando degradação na qualidade do solo; ii) o solo exposto é a classe de uso e ocupação que mais contribui com o aporte de sedimentos e nutrientes nos corpos hídricos; iii) zonas ripárias localizadas na região semiárida tropical apresentam maior intensidade de degradação que as zonas ripárias da região tropical úmida; iv) a medida que se amplia a ocupação antrópica do solo, especialmente pela classe de solo exposto, a degradação do solo das zonas ripárias da região tropical úmida se aproxima da zona ripária do semiárido; v) os teores de areia, silte e argila, bem como pH, matéria orgânica e fósforo disponível são indicadores da qualidade dos solos das zonas ripárias.