Galperin e o processo leitura-escrita: proposta de sequência didática para contexto de dificuldades de aprendizagem

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: Fossa, Leilani de Sousa e Silva
Orientador(a): Pires, Izabel Augusta Hazin
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal do Rio Grande do Norte
Programa de Pós-Graduação: PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM PSICOLOGIA
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufrn.br/handle/123456789/44760
Resumo: O Desenvolvimento da linguagem escrita e da leitura são evidência do amadurecimento cultural da criança, posto que estão relacionadas com o domínio de um sistema externo, elaborado e aprimorado no processo de desenvolvimento cultural da humanidade. Porém, para que tais processos sejam internalizados, para que a linguagem escrita da humanidade se converta em linguagem escrita da criança faz-se necessário um complexo processo de maturação. A perspectiva Histórico-Cultural muito tem contribuído para o entendimento desses processos, notadamente em termos das contribuições oriundas de Vigotski e Luria, que investigaram o desenvolvimento da linguagem escrita. Destaca-se aqui a contribuição de Galperin que deu sequência aos seus trabalhos, enfatizando que as crianças são capazes de assimilar conceitos abstratos desde os primeiros anos escolares. A presente pesquisa tem como objetivo principal desenvolver e sistematizar um modelo de intervenção neuropsicológica das funções mentais superiores, com foco na aprendizagem de leitura e escrita, baseado na Teoria das Ações Mentais por Etapas de Galperin. Para isso, esta dissertação foi organizada em duas partes. A primeira consiste em uma revisão teórica dedicada a revisitar conceitos e ideias sistematizadas por Galperin que fundamentam a Teoria das Ações Mentais por Etapas, bem como contribuições da Psicologia Soviética desenvolvidas por Vigotski, Luria e Leontiev. A segunda parte consiste na sistematização do modelo avaliativo-interventivo, bem como na proposição de atividades. O processo avaliativo foi sistematizado nas seguintes etapas: análise qualitativa do sintoma, avaliação quantitativa, análise qualitativa da atividade e planejamento da intervenção neuropsicológica. Por sua vez, a proposta de intervenção foi estruturada de acordo com as etapas propostas por Galperin: elaboração da base orientadora da ação, material, linguagem externa, linguagem interna e mental; e as atividades foram organizadas em dois módulos. Espera-se que o presente trabalho possa contribuir com as práticas de diferentes profissionais que se dedicam a construir rotas alternativas de aprendizagem.