Eficácia da simulação clínica no ensino do raciocínio diagnóstico em enfermagem na saúde da criança e do adolescente

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: Delgado, Millena Freire
Orientador(a): Lira, Ana Luísa Brandão de Carvalho
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal do Rio Grande do Norte
Programa de Pós-Graduação: PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ENFERMAGEM
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufrn.br/handle/123456789/32496
Resumo: O ensino do raciocínio diagnóstico em enfermagem voltado para a saúde da criança e do adolescente é bastante relevante para a formação de enfermeiros críticos, reflexivos e com conhecimentos específicos sobre esses períodos ímpares do ciclo de vida do indivíduo. Neste contexto, acredita-se que a simulação clínica é uma estratégia de ensino positiva e benéfica para a formação dos futuros enfermeiros. O presente estudo tem como objetivo analisar a eficácia da simulação clínica no ensino do raciocínio diagnóstico em enfermagem voltado para a saúde da criança e do adolescente. Estudo metodológico, executado em três etapas, a saber: construção dos cenários para a simulação clínica; validação do conteúdo desses cenários pelos especialistas; e aplicação da simulação como estratégia educativa no ensino do raciocínio diagnóstico em enfermagem voltado para a saúde da criança e do adolescente no período de dezembro de 2018 a setembro de 2019. Nas duas primeiras etapas, foram elaborados quatro casos clínicos destinados ao pré e pósteste e dois cenários para o processo de simulação, os quais tiveram seus conteúdos analisados por 25 especialistas que julgaram quanto à relevância, especificidade e coerência das pistas fornecidas em cada caso e cenário e o diagnóstico de enfermagem, por meio da Escala de Acurácia Diagnóstica. Na terceira etapa, a estratégia foi aplicada aos alunos do sétimo período do curso de graduação de uma universidade pública do Nordeste do Brasil. Eles foram divididos randomicamente nos grupos de intervenção e controle. O grupo de intervenção, além de participar da simulação, avaliou ainda a satisfação quanto ao processo. Os dados foram analisados por meio de estatística descritiva e inferencial. O projeto foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da instituição responsável, mediante Parecer número 3.175.619 e Certificado de Apresentação para Apreciação Ética 07990418.4.0000.5537. Os resultados mostraram que os quatro casos clínicos (Coeficiente S: 0,916) e os dois cenários (S=0,535) criados obtiveram coeficiente de concordância aceitável entre os especialistas. No experimento, o pré-teste indicou homogeneidade dos grupos intervenção e controle. No pós-teste, não houve diferença estatística significante de desempenho entre os grupos, contudo, os resultados mostraram discreta melhora no desempenho de raciocínio diagnóstico do grupo intervenção em comparação ao grupo controle. O grupo intervenção conseguiu inferir mais diagnósticos e seus componentes do que o grupo controle. Na avaliação da estratégia educativa, os alunos manifestaram alta satisfação e relevância para melhorar as habilidades de raciocínio diagnóstico voltado para a saúde da criança e do adolescente. Conclui-se que a estratégia sobre o ensino do raciocínio diagnóstico em enfermagem voltado para a saúde da criança e do adolescente não foi eficaz, porém promissora e atrativa para os estudantes de graduação.