Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2020 |
Autor(a) principal: |
Asato, Ana Elizabeth Bonato |
Orientador(a): |
Silva, Adriano Caliman Ferreira da |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
|
Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
|
Programa de Pós-Graduação: |
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ECOLOGIA
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Brasil
|
Palavras-chave em Português: |
|
Área do conhecimento CNPq: |
|
Link de acesso: |
https://repositorio.ufrn.br/jspui/handle/123456789/28726
|
Resumo: |
Aspectos da fenologia vegetal, tal como o aporte de detritos de diferentes órgãos vegetais ao solo, podem ser modulados por fatores bióticos, como a composição e diversidade de espécies, e abióticos, como fatores climáticos. A importância relativa destes fatores sobre a fenologia do aporte de detritos da vegetação depende geralmente da intensidade dos filtros ambientais. Neste estudo, testamos a importância de fatores bióticos e abióticos sobre a fenologia do aporte de detritos e suas consequências para o funcionamento de uma floresta tropical semidecidual, conhecida como Restinga. No capítulo 1, testamos se e como a sazonalidade da fenologia do aporte de detritos foliares, galhos e material reprodutivo da floresta, apresentam fenofases particulares e se tais fenofases respondem de maneira a distinta a diferentes fatores controladores. O aporte de detrito de todos os órgãos vegetais apresentaram comportamento sazonal, sendo a fenologia do aporte de detritos reprodutivos, o mais sazonal. A fenologia do aporte de detritos foliares foi correlacionada negativamente à precipitação e umidade relativa do ar, e positivamente à insolação. A fenologia do aporte de material reprodutivo foi negativamente relacionada à umidade relativa do ar, enquanto a fenologia do aporte de galhos foi positivamente relacionada à velocidade dos ventos. Dada sua importante contribuição em termos de matéria e energia para o ecossistema florestal, buscamos entender qual a importância relativa da diversidade da vegetação para a sazonalidade da fenologia do aporte de detritos foliares frente a outros determinantes ambientais (Capítulo 2). Hipotetizamos que assembléias com maior riqueza seriam menos sazonais, em função da maior complementaridade adaptativa da perda de folhas em resposta ao estresse hídrico (i.e. nicho temporal). Através de uma análise de rotas, observamos que a riqueza de espécies afeta negativamente a sazonalidade e a sobreposição de nicho temporal, mas que a sobreposição de nicho não tem efeito sobre a sazonalidade do aporte de detritos foliares. Além disso, a disponibilidade de potássio (K) no solo exerceu efeito positivo sobre a sazonalidade. Os resultados indicam que a dominância na vegetação, possivelmente mediada pela disponibilidade de K no solo, determina o padrão fenológico do aporte de detritos foliares nas assembléias vegetais mais ricas em espécies. No capítulo 3, buscamos entender o papel de diferentes dimensões da biodiversidade (taxonômica, funcional e filogenética) e diversos fatores abióticos sobre a multifuncionalidade ecossistêmica, determinada aqui como a integralidade de características quantitativas (i.e. massa de C, N, P, K, Ca, Na, Mg) e qualitativas(i.e. razão C:N, C:P e N:P do aporte de detritos., Observamos que a multifuncionalidade foi determinada principalmente por fatores abióticos, como a precipitação (negativamente), a inclinação do terreno e ao conteúdo de K no solo. |