Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2018 |
Autor(a) principal: |
Amador, Ana Edimilda |
Orientador(a): |
Barbosa, Isabelle Ribeiro |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM SAÚDE COLETIVA
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufrn.br/jspui/handle/123456789/25374
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Resumo: |
O objetivo desse estudo foi analisar a mortalidade de jovens por violência no Brasil, considerando importantes indicadores socioeconômicos e espaciais para esta análise. Trata-se de um estudo ecológico nas 482 nas Regiões Imediatas de Articulação Urbana (RIAU) do Brasil. A distribuição espacial das mortes violentas, a intensidade e significância foram avaliadas através do índice de Moran Global e Local, sua correlação com variáveis socioeconômicas e pelo indicador Anos Potenciais de Vida Perdidos (APVP) para o período de 2001 a 2015 por quinquênios. Foram registrados 425.180 óbitos de jovens por violência no Brasil. Os óbitos foram obtidos de forma secundária do Sistema de Informação sobre Mortalidade e os indicadores socioeconômicos da PNUD. As RIAU que apresentaram as maiores Taxas de Mortalidade Padronizadas de 2001 a 2005 foram: Foz do Iguaçu (48.45 óbitos/100 mil jovens), Recife (42.26 óbitos/100 mil jovens) e Vitória (37.18 óbitos/100 mil jovens); de 2006 a 2010: Foz do Iguaçu (48.12 óbitos/100 mil jovens), Maceió (43.95 óbitos/100 mil jovens) e Porto Seguro (40.40 óbitos/100 mil jovens). De 2011 a 2015: São Miguel dos Campos – AL (53.29 óbitos/100 mil jovens), Porto Seguro – BA (48.74 óbitos/100 mil jovens) e Maceió – AL (45.13 óbitos/100 mil jovens). O teste de Moran Global apontou padrão de dependência espacial na distribuição das taxas para as regiões norte, nordeste e sudeste. Estas mortes determinaram perdas de APVP de 6.435.042.5 anos no primeiro período, 6.494.960 anos no segundo e 7.216.005 no terceiro. A idade média de ocorrência do óbito é aos 22 anos de idade, resultando a média de APVP/óbito de 47 anos. A Razão da Taxa de APVP por sexo foi de 15.09 de 2001 a 2005 e de 15.22 no período de 2011 a 2015. Observa-se a sobremortalidade masculina para todos os quinquênios, assim como para a população negra se comparando à branca. A análise bivariada mostrou que, dentre os 9 indicadores socioeconômicos selecionados, todos se correlacionaram significativamente com a Taxa de Mortalidade Padronizada por RIAU (p<0,05). Conclui-se que a mortalidade por violência está desigualmente distribuída nas regiões imediatas, formando clusters no norte, nordeste e sudeste do país. Embora com fraca correlação com os fatores socioeconômicos foi observada distribuição desigual no território, assim como diferenciais de APVP por sexo e raça/cor. |