Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2020 |
Autor(a) principal: |
Sampaio, Sabrinne Suelen Santos |
Orientador(a): |
Lindquist, Ana Raquel Rodrigues |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal do Rio Grande do Norte
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Programa de Pós-Graduação: |
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM FISIOTERAPIA
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufrn.br/jspui/handle/123456789/29989
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Resumo: |
Introdução: A implementação do Método Canguru (MC) tem sido recomendada em diversos países, como estratégia para minimizar os riscos de alterações neuromotoras em recém nascidos prematuros (RNPT). No entanto, pouco se sabe a influência do MC sobre o desenvolvimento destes bebês. Objetivo: Acompanhar a trajetória do desenvolvimento motor de bebês prematuros submetidos ao MC e identificar sua evolução motora durante os primeiros 4 meses de vida. Metodologia: Trata-se de um Estudo de Coorte realizado na Maternidade Escola Januário Cicco. Participaram do acompanhamento 22 RNPT, com idade gestacional menor de 37 semanas e peso abaixo de 2500g. Os bebês foram submetidos a 4 avaliações (Av1 a Av4). As 3 primeiras foram realizadas nas 3 fases do MC e a quarta, no ambulatório de seguimento. Os movimentos generalizados (MG) dos bebês foram avaliados nas três etapas do MC e no seguimento; o desenvolvimento motor foi avaliado na segunda e terceira etapas do MC e no seguimento, por meio do Test Infant Motor Performance (TIMP). Para análise estatística, atribuiu-se o nível de significância de 5% e intervalo de confiança de 95% para todas as análises. A análise descritiva foi apresentada em média e desvio padrão (DP). A normalidade das variáveis do estudo foi verificada através do teste Shapiro Wilk. Para comparar as médias entre os grupos foi usado o Mann-Whitney e para as variáveis categóricas foi utilizado o teste exato de Fisher. Resultados: A análise dos MG mostrou melhora gradual do repertório motor. A amostra foi composta por 22 bebês, com idade gestacional de nascimento média de 32 (± 1,51) semanas e tempo médio de internação de 34,65 (±14,09) dias. A avaliação dos MG mostrou redução de repertório alterado ao longo das avaliações sendo 86,3% na Av1 para 13,6%, na Av4. No TIMP, a alteração no desempenho motor foi de 63,6% na Av2 para 13,6% na Av4. A análise dos fatores clínicos mostrou que estão associados ao desenvolvimento atípico o número de consultas pré-natais (p=0,02), sexo (p=0,04), o apgar 1º minuto (p < 0,001), dias de O2 (p < 0,001), dias de fototerapia (p < 0,001) ,idade gestacional e peso de admissão na enfermaria (p < 0,001) e (p=0,04), respectivamente. Conclusão: Bebês submetidos ao MC apresentaram melhora gradual dos movimentos generalizados e repertório motor com o aumento da idade. Ressalta-se a importância da investigação precoce do neurodesenvolvimento ainda em ambiente hospitalar e isso pode ser associado ao método canguru o qual se torna elemento chave no empoderamento e engajamento familiar, tornando o ambiente hospitalar e domiciliar enriquecido com potencial para promover e mudar o padrão do desenvolvimento motor. |