Avaliação de metaloproteinases de matriz em fígado de cães naturalmente infectados com Leishmania infantum

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Santos, Wilo Victor dos
Orientador(a): Guedes, Paulo Marcos da Matta
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM BIOLOGIA PARASITÁRIA
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufrn.br/jspui/handle/123456789/28951
Resumo: Os cães são os reservatórios primários dos parasitos do gênero Leishmania. A resposta imunológica induzida por Leishmania infantum é importante para a resistência à infecção e para a patogenia nestes animais. As metaloproteinases de matriz (MMPs) são uma família de enzimas proteolíticas que desempenham múltiplos papeis na resposta imunológica e no remodelamento tecidual. Entretanto, a ação destas enzimas pode levar à imunopatogênese em um processo infeccioso, que causa morbidade ou mortalidade do hospedeiro. Poucos estudos demonstram a correlação entre a expressão de MMPs e as manifestações clínicas dos animais portadores de leishmaniose visceral canina (LVC). Dessa forma, o objetivo deste trabalho foi avaliar a expressão de MMPs em cães infectados naturalmente por Leishmania infantum e correlaciona-los aos quadros de manifestações clínicas da doença (assintomáticos, oligossintomáticos, sintomáticos). Para isso, a expressão relativa das MMPs, seus inibidores teciduais (TIMPs) e as citocinas, IL-10 e TNF-α, foi analisada no tecido hepático dos cães por meio de PCR em tempo real. O processo inflamatório e a citoestrutura do tecido hepático foi mensurado usando a coloração de hematoxilina-eosina. Cães infectados por L. infantum apresentaram aumento na expressão de MMPs (2, 3, 9, 11 e 13) e TIMPs (1 e 4) em tecido hepático, quando comparado a animais não infectados. Ademais, animais sintomáticos e oligossintomáticos apresentaram maior expressão de MMP-2 e IL-10, quando comparado ao grupo de cães assintomáticos. Cães oligossintomáticos apresentaram infiltrado inflamatório hepático maior e mais difuso, quando comparado a cães assintomáticos e sintomáticos. Os resultados indicam que a elevada expressão de MMPs (MMP2, MMP3, MMP9, MMP11 e MMP13) e TIMPs (TIMP1 e TIMP4) está correlacionada positivamente a expressão das citocinas TNF-α e IL-10 em cães naturalmente infectados por L. infantum, podendo contribuir para a destruição do parênquima hepático e para a evolução clínica da leishmaniose visceral nos animais.