Comunicação acústica em Neoponera villosa (Hymenoptera, Formicidae, Ponerinae)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: Medeiros, Jeniffer da Câmara
Orientador(a): Souza, Arrilton Araújo de
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM PSICOBIOLOGIA
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufrn.br/jspui/handle/123456789/24667
Resumo: Sinais acústicos e vibratórios são utilizados por várias espécies de formigas em interações intra e interespecíficas, apesar de serem pouco estudados. Entre as modalidades de produção de sinais vibroacústicos estão a estridulação e a percussão. Estes sinais podem transmitir mensagens de alarme, distresse, recrutamento, ataque, ativação da colônia, pistas para o provisionamento de larvas, avaliação de recursos alimentares e não receptividade das fêmeas. Tendo isso em vista, este estudo teve como objetivo investigar a utilização de sinais acústicos na espécie Neoponera villosa (Hymenoptera, Formicidae, Ponerinae), caracterizando a estridulação de operárias, gynes e machos, analisando a resposta de colônias de N. villosa diante da estridulação de coespecíficos e avaliando a resposta acústica das colônias à perturbação do ninho. Os resultados mostraram que os sinais estridulatórios de operárias de N. villosa são compostos majoritariamente por sequências monossibálicas de chilros, sendo um chilro composto por uma única sequência de pulsos. Entretanto, a maior parte dos chilros das castas reprodutivas apresentaram uma sequência de pulsos de baixa amplitude antecedendo a sequência de pulsos principal, sendo, dessa forma, constituídos por duas sub-unidades e caracterizando-se como chilros dissilábicos. Os sinais estridulatórios apresentaram ainda diferenças significativas entre as castas quanto ao intervalo entre chilros, número de pulsos por chilro, intervalo entre pulsos e taxa de emissão de pulsos. Diferenças entre colônias foram encontradas na estridulação de gynes e machos. As colônias de N. villosa não responderam aos sinais estridulatórios de operárias, com mudança do padrão comportamental em resposta apenas à presença de companheiras de ninho e de não companheiras, mas sem diferença de resposta entre os testes com presença e ausência de estridulação. No contexto de perturbação do ninho, as colônias de N. villosa não responderam com emissão de sinais estridulatórios, mas sim com emissão de sinais acústicos produzidos através de percussão.