Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2019 |
Autor(a) principal: |
Sousa, Julieth de Oliveira |
Orientador(a): |
Baseia, Iuri Goulart |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM SISTEMÁTICA E EVOLUÇÃO
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufrn.br/jspui/handle/123456789/27212
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Resumo: |
Cerca de 97% das espécies fúngicas existentes ainda não foram descritas pela ciência, mesmo a identificação sendo embasamento para uma gama de estudos aplicados (e.x. bioprospecção, evolução, ecologia, conservação). A utilização dos códigos de barras moleculares (barcodes) vem auxiliando a delimitação de espécies. Sobretudo para os fungos gasteroides (Basidiomycota), o espaçador transcrito interno do DNA ribossômico nuclear (ITS) vem demostrando eficiência para o descobrimento de uma diversidade escondida. A família Geastraceae é constituída pelos gêneros gasteroides Geastrum e Myriostoma, sendo os espécimes popularmente conhecidos como estrelasda-terra (earthstars). Embora seja uma das mais ricas da ordem Geastrales, o conhecimento sobre a diversidade desta família apresenta lacunas, especialmente na região Neotropical, onde há países megadiversos, “hotspots” e ecossistemas tropicais, os quais demonstram elevado potencial para abrigar uma diversidade escondida. Assim, objetiva-se revisar coleções de representantes da família Geastraceae, enfatizando os que apresentam distribuição Neotropical. As análises basearam-se em dados morfológicos e moleculares. Foram investigadas 215 amostras provenientes de 10 diferentes herbários nacionais e internacionais; sendo destas 14 coleções tipo. A metodologia consistiu em uma profunda revisão dos caracteres morfológicos, além de análises filogenéticas moleculares das regiões ITS, LSU, ATP6, RPB2 e TEF1α, sobre os critérios de Máxima Parcimônia, Máxima Verossimilhança e Inferência Bayesiana. Foram geradas 186 sequências novas, as quais foram comparadas com 294 sequências homólogas provenientes do banco de dados GenBank. Foram descritas 12 espécies novas de Geastrum: G. laevisporum J.O. Sousa & Baseia; G. pusillipilosum J.O. Sousa et al.; G. verrucoramulosum T.S. Cabral, J.O. Sousa & Baseia; G. magnosporum J.O. Sousa et al.; G. caatingense J.O. Sousa, M.P. Martín & Baseia; G. parvistellum J.O. Sousa, M.P. Martín & Baseia; G. baculicrystallum J.O. Sousa et al.; G. brunneocapillatum J.O. Sousa et al.; G. courtecuissei P.-A. Moreau & C. Lécuru, G. neoamericanum J.O. Sousa et al.; G. rubellum P.-A. Moreau & C. Lécuru; G. rubropusillum J.O. Sousa et al. O nome Geastrum hirsutum Baseia & Calonge foi revalidado e teve sequência de seu parátipo disponibilizano GenBank. Para o gênero Myriostoma duas espécies novas foram descritas: M. calongei Baseia, J.O. Sousa, & M.P. Martín e M. australianum J.O. Sousa Baseia & M.P. Martín; ademais, foram propostas duas combinações novas: M. areolatum (Calonge & M. Mata) M.P. Martín, J.O. Sousa & Baseia e M. capillisporum (V.J. Stanek) L.M. Suz et al. Foram propostos, também, um lectótipo e um epitipo para a espécie M. coliforme (Dicks.) Corda. Os dados gerados por esta revisão modificaram as interpretações sobre a sistemática de Geastraceae, sendo possível comprovar que os complexos de espécies existentes subestimavam a diversidade da família Geatraceae em região Neotropical. |