Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2022 |
Autor(a) principal: |
Silva, Lillian Nathalie Oliveira da |
Orientador(a): |
Castro, Felipe Nalon |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
|
Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal do Rio Grande do Norte
|
Programa de Pós-Graduação: |
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM PSICOBIOLOGIA
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Brasil
|
Palavras-chave em Português: |
|
Área do conhecimento CNPq: |
|
Link de acesso: |
https://repositorio.ufrn.br/handle/123456789/49898
|
Resumo: |
A influência do Complexo Principal de Histocompatibilidade (MHC), também conhecido por HLA em humanos (Antígeno Leucocitário Humano), tem sido bastante investigada nos estudos de escolha de parcerias por seu papel fundamental no sistema imunológico e na identidade odorífera dos indivíduos. Essas pesquisas têm verificado a preferência de indivíduos por odores de parcerias potenciais que possuem moléculas de HLA diferentes das suas e a hipótese está ligada à reprodução, pois a variedade imunológica torna uma possível prole mais resistente a vários patógenos. Dado o valor reprodutivo, as pesquisas com HLA se delimitam a buscar evidências somente em casais heterossexuais, não havendo estudos com orientações sexuais diversas. Avançando nesses estudos, esse trabalho teve como objetivo investigar as razões evolutivas pelas quais o HLA pode influenciar na atração sexual olfativa em pessoas não-heterossexuais, testando a hipótese de que a influência deve seguir os padrões existentes na atração olfativa heterossexual, e de que os mecanismos psicológicos evoluídos são do sexo de origem, seguindo a Teoria do Investimento Parental independente da orientação sexual. Para verificar as hipóteses, foram realizadas: uma revisão narrativa de literatura, duas revisões sistemáticas e um estudo quase-experimental. Os resultados indicam que num panorama psicobiológico, a variação é um dos pilares fundamentais para se estudar o comportamento sexual; que o processo de escolha de parceria não-heterossexual tem o envolvimento dos mesmos elementos básicos existentes na heterossexualidade, variando de intensidade de acordo com o nível de investimento parental de cada sexo e as adequadas condições ambientais para a escolha das estratégias sexuais; que existe interação entre a atração sexual olfativa e a orientação sexual, com esta influenciando a preferência e a produção de odores corporais humanos e estes comunicando pistas sobre o sexo e a orientação sexual de parcerias potenciais; e que não há preferência masculina por odores de outros homens HLA semelhantes/diferentes independente da orientação sexual, tal qual o verificado em homens heterossexuais avaliando os odores de mulheres. Esses resultados confirmam as hipóteses testadas. As descobertas reforçam as teorias clássicas evolucionistas nos estudos do comportamento sexual, e a necessidade de tratar e estudar a sexualidade em sua pluralidade. |