Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2023 |
Autor(a) principal: |
Bezerra, Kalyne Araújo |
Orientador(a): |
Oliveira, Jonas Sami Albuquerque de |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
|
Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal do Rio Grande do Norte
|
Programa de Pós-Graduação: |
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ENFERMAGEM
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Brasil
|
Palavras-chave em Português: |
|
Área do conhecimento CNPq: |
|
Link de acesso: |
https://repositorio.ufrn.br/handle/123456789/52071
|
Resumo: |
A violência autoprovocada é caracterizada pelas práticas de violência contra si próprio, podendo ser classificada pela autoagressão, a ideação suicida, a tentativa de suicídio e o suicídio. Corresponde a terceira maior causa de morte entre adolescentes no mundo e na realidade brasileira, observa-se o crescimento desses casos. Nesse sentido, torna-se essencial o mapeamento dos fatores associados a violência autoprovocada no Brasil, assim como o desenvolvimento de estratégias emocionais para o enfrentamento das situações de violência autoprovocada em adolescentes, com a finalidade de contribuição para a formulação de políticas específicas para o cuidado desse público e familiares. Este estudo tem como objetivo geral analisar os fatores associados a violência autoprovocada em adolescentes e descrever as estratégias, programas e intervenções voltadas ao cuidado emocional do adolescente e da família, e que auxiliam os profissionais de saúde no cuidado emocional deste público. Trata-se de um estudo descritivo-exploratório, composto por dados quantitativos e revisão de escopo. Os dados quantitativos foram coletados a partir de dados do Sistema de Agravos de Notificação para a identificação dos fatores associados a violência autoprovocada em adolescentes, considerando os dados de 2009 a 2021 do Brasil. Os dados foram submetidos a análise descritiva e inferencial, pelo Statistical Package for the Social Sciences com adoção do nível de significância de 5%. A revisão de escopo foi coletada utilizando-se a proposta metodológica, proposta pelo Manual do Joanna Briggs Institute e seguindo as recomendações do PRISMAScR. Para auxiliar na análise dos estudos, foi utilizado o software Intelligent Systematic Review, posteriormente com o auxílio do Power Point os dados foram organizados para a análise da revisão. O estudo foi apreciado e aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade Federal do Rio Grande do Norte sob parecer no 5.521.288. A partir da análise quantitativa, identificou-se a prevalência de 27,39% de violência autoprovocada em adolescentes, e associada aos fatores de risco: raça/ cor indígena (RP=1,02), parda (RP=1,02) e preta (RP=1,03); escolaridade analfabeto (RP=1,06), 1a a 4ª série incompleta do ensino fundamental (RP=1,07), 4ª série completa do ensino fundamental (RP=1,05), e 5ª a 8ª série incompleta do ensino fundamental (RP=1,02); método: força corporal/ espancamento (RP=1,03) e arma de fogo (RP=1,05); a repetição do ato foi igual nos adolescentes que praticaram e os que não praticaram a violência autoprovocada (RP=1,00); uso de álcool (1,03); região: norte (RP=1,08) e nordeste (1,01); local de ocorrência: bar ou similar (RP=1,01) e via pública (RP=1,01); e evolução: alta (RP=1,17), evasão ou fuga (RP=1,17), óbito por violência (RP=1,12). A maioria das estratégias, programas e intervenções voltadas ao cuidado emocional do adolescente e da família, e que auxiliam os profissionais de saúde no cuidado emocional deste público, foram as terapias e os treinamentos, não sendo identificados estratégias, programas e intervenções no Brasil. O estudo permitiu a prevalência das notificações de violência autoprovocada em adolescentes e os fatores associados no Brasil, bem como a identificação de estratégias, programas e intervenções desenvolvidos em diversos países. |