Estudo imunoistoquímico das subpopulações de macrófagos em cistos radiculares e granulomas periapicais de acordo com aspectos clínicos e morfológicos

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: França, Glória Maria de
Orientador(a): Galvão, Hebel Cavalcanti
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM PATOLOGIA ORAL
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufrn.br/jspui/handle/123456789/25154
Resumo: Introdução: Os cistos radiculares (CRs) e os granulomas periapicais (GPs) se desenvolvem em resposta aos mediadores inflamatórios da necrose da polpa. Os macrófagos desempenham um importante papel na etiopatogenia dessas lesões e estão envolvidos na resposta protetora do hospedeiro, bem como, na perpetuação das reações inflamatórias. A infiltração das subpopulações de macrófagos M1 e M2 dentro dos sítios de inflamação crônica permite a fagocitose de agentes estranhos, a liberação de mediadores químicos e ainda podem atuar como células apresentadoras de antígenos. Objetivo: Identificar as subpopulações de macrófagos M1/M2 nos CRs e GPs e relacioná-los com aspectos clínicos e morfológicos. Material e Métodos: Foram realizadas análises clínica, histopatológica e imunoistoquímica em 30 CRs e 30 GPs. A subpopulação de macrófagos M1 foi avaliada pelos percentuais de imunomarcação do CD68 associado à citocina pró-inflamatória TNF-α e a subpopulação de macrófagos M2, pelo seu anticorpo específico CD163. Características clínicas, radiográficas, sintomatologia, tratamento, parâmetros morfológicos das lesões foram coletados e para análise estatística foi adotado um nível de significância de 95%. Resultados: A razão das células CD68+/CD163+ foi maior nos CRs (mediana = 1,22; p = 0,002), somado a isso, os maiores escores de imunoexpressão pelo TNF-α foram encontrados nos CRs (p = 0,018); Nos GPs, a razão CD68+/CD163+ foi menor e associado com uma maior imunoexpressão das células CD163+ (mediana = 1,02; p<0,001). Além disso, as células CD68+ tiveram maiores percentuais de imunoexpressão em CRs com tamanhos menores (p = 0,034). Conclusão: A maior imunoexpressão do CD68 associado ao TNF-α em CRs sugere a maior diferenciação para um fenótipo M1 neste tipo de lesão. A maior imunoexpressão do CD163 nos GPs configurou a maior diferenciação para um fenótipo M2. Portanto, o estado pró-inflamatório promovido pelos macrófagos M1 está relacionado com o surgimento e manutenção dos CRs, por outro lado, o estado imunomodulatório dos macrófagos M2 está relacionado com o desenvolvimento dos GPs.