Sobre a variabilidade fotométrica em estrelas anãs brancas

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Araújo, Suzierly Roque de Lira
Orientador(a): Medeiros, José Renan de
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal do Rio Grande do Norte
Programa de Pós-Graduação: PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM FÍSICA
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufrn.br/handle/123456789/32250
Resumo: A variabilidade fotométrica pode fornecer informações importantes acerca das anãs brancas, sejam elas relacionadas à rotação ou à presença de companheiros - planetários, subestelares ou remanescentes estelares. A alta precisão fotométrica e o grande número de dados fornecidos pelas grandes missões espaciais, como Kepler e K2, aliados às ferramentas adequadas, possibilitam a análise da variabilidade fotométrica das estrelas anãs brancas. A fim detectar as periodicidades presentes nas curvas de luz obtidas por essas missões, várias transformações matemáticas tem sido aplicadas, tais como a transformada de Fourier, uma das mais utilizadas na Astrofísica, e a transformada Wavelet, que tem sido aplicada nas mais diversas áreas. A transformada Wavelet é uma ferramenta poderosa, pois apresenta funções localizadas no tempo, possibilitando a identificação da evolução temporal de diversos fenômenos, tornando-a ideal para analisar sinais não-estacionários. Nesse contexto, utilizamos essas ferramentas com o intuito de estudar a variabilidade fotométrica de 26 anãs brancas observadas pela missão Kepler. A partir das curvas de luz dessas anãs brancas, analisamos os periodogramas Lomb-Scargle, determinamos os possíveis mecanismos físicos responsáveis pelas modulações encontradas e apresentamos os espectros wavelet locais e globais. O primeiro é interpretado como sendo a distribuição de energia do sinal, enquanto o segundo é a integração temporal do mapa local. Por meio desse estudo, detectamos periodicidades entre 0,09 e 20,4 dias em 14 anãs brancas, podendo estar associadas à rotação combinada com outros fenômenos (manchas magnéticas, acreção do meio interestelar, acreção de metais de um disco de detritos circunstelar, dicroísmo magnético ou fluorescência) que podem ocorrer nessas estrelas ou, em pelo menos um dos casos, à presença de companheiros próximos a essas anãs brancas. Finalmente, discutimos o significado físico desses resultados, estabelecendo um comparativo entre as periodicidades das anãs brancas comuns determinadas nesta tese e aquelas referentes as anãs brancas magnéticas encontradas na literatura.