Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2016 |
Autor(a) principal: |
Campos, Emmanuel de Sousa |
Orientador(a): |
Oliveira, João Emanuel Evangelista de |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
|
Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal do Rio Grande do Norte
|
Programa de Pós-Graduação: |
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIAS SOCIAIS
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Brasil
|
Palavras-chave em Português: |
|
Área do conhecimento CNPq: |
|
Link de acesso: |
https://repositorio.ufrn.br/jspui/handle/123456789/21261
|
Resumo: |
Esta tese investigou o comportamento eleitoral das frações da nova classe trabalhadora no Rio Grande do Norte, mais especificamente nas cidades de Natal, Mossoró e Caicó, a partir da eleição presidencial de 2014. Essa investigação analisou a ideologia, a avaliação de governo e a orientação do voto de uma parcela das classes populares do eleitorado potiguar. No Brasil, a partir de 2003, mudanças socioeconômicas vem ocorrendo de maneira perceptível, principalmente em uma parte das classes populares que ascendeu socialmente e migrou para a “classe econômica C”. Com isso, houve nesse período, uma ampliação significativa desse estrato social. A ampliação da “classe C” nos últimos dez anos no Brasil suscitou o debate acadêmico e na mídia sobre o surgimento de uma “nova classe média”. Neri (2008) denominará a “classe C” de “a nova classe média” e que será a parte central de seus estudos. Mas, o debate sobre a “nova classe média” não pode ser simplista ao ponto de considerar que a ascensão social,tendo como principal variável a renda, inseriu essa parcela da população na classe média, pois a mesma possui especificidades distintas das classes populares. Para compreender este fenômeno, foi ultrapassada a variável renda, agregando a relevância da propriedade dos meios de produção, o controle da força de trabalho e os valores simbólicos na delimitação das classes sociais resultando em três frações da nova classe trabalhadora: os cargos de chefia, os não chefes e os pequenos batalhadores. Neste estudo, utilizando de maneira complementar a abordagem sociológica (ideologia e classes sociais) e a avaliação de desempenho foi identificado que a nova classe trabalhadora (chefes) majoritariamente reproduziu o posicionamento ideológico e político da classe média, resultando na rejeição aos governos petistas (2003-2014) e suas políticas sociais, compensatórias e redistributivas. Pelo que foi visto, a nova classe trabalhadora (chefes) se aproxima do comportamento ideológico e político da classe média que refletirá em suas escolhas eleitorais e interesses classistas. A nova classe trabalhadora (não chefes e pequenos batalhadores que votavam na situação) devido a seus interesses classistas e ideológicos se aproximou do Partido dos Trabalhadores avaliando positivamente os governos Lula-Dilma (2003-2014) devido à implantação de políticas compensatórias, redistributivas e programas governamentais voltados às classes populares. Em um contraponto, os eleitores da nova classe trabalhadora (não chefes e pequenos batalhadores) os quais votaram nulo, reproduziram o discurso da grande mídia e da classe média sobre a rejeição das políticas compensatórias, redistributivas e programas governamentais dos governos Lula-Dilma, e, consequentemente, desaprovaram o Governo Dilma e sua candidatura. |