Juventude (s) e participação: construção da justiça restaurativa em escolas públicas

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: Ramos, Katury Rayane Rodrigues
Orientador(a): Paiva, Irene Alves de
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal do Rio Grande do Norte
Programa de Pós-Graduação: PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIAS SOCIAIS
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufrn.br/handle/123456789/44898
Resumo: A escola pública brasileira é o reflexo das conflitualidades experimentadas na sociedade em geral com suas múltiplas expressões culturais da violência. Nesse contexto, partimos do pressuposto de que as práticas educativas punitivas são insuficientes para a resolução efetiva dos conflitos vivenciados no cotidiano escolar. É necessário criarmos estratégias que ressignifiquem a esfera educativa com o exercício de um olhar diferenciado baseado no paradigma restaurativo. Isso é realizado por meio do resgate de redes de cooperação e de solidariedade que favorecem o pertencimento em relação à escola, bem como a fundamentação de uma cultura de paz. Esta pesquisa traz reflexões em torno da construção da justiça restaurativa no ambiente escolar no que se refere à participação e à organização social das juventudes em escolas públicas das cidades de Natal-RN e de Fortaleza- CE. A justiça restaurativa é uma possibilidade que aponta para a unidade na heterogeneidade a partir da vivência sistêmica que revela a interconexão dos atores plurais - professores, alunos, núcleo gestor e outros profissionais. A ação restaurativa acontece com a incorporação de práticas, como: círculos de paz e mediação de conflitos. As indagações são norteadas pela seguinte problematização: Quais são as estratégias que dão sentido à concretização da justiça restaurativa nas escolas públicas? O objetivo é compreender as ações que caracterizam os procedimentos restaurativos vivenciados nas escolas. Nossa hipótese é que as ferramentas da justiça restaurativa colocam em foco a autonomia dos indivíduos, bem como favorecem a escuta ativa, o diálogo e a participação. A abordagem desta investigação é qualitativa com coleta de dados realizada no período de 2017 a 2020. Utilizamos como técnicas de pesquisa a observação direta, a aplicação de questionários, as entrevistas semiestruturadas e os grupos focais. Assim, problematizamos a lógica da instituição social ao criar laços de sociabilidade, como também buscar novos horizontes para o resgate da função educativa da escola.